Queixas contra o VR Parking são discutidas na Câmara de Volta Redonda

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Projeto de Lei, de autoria do vereador Sidney Dinho, pretende revogar o serviço da empresa na cidade - Reprodução

Por Lanna Silveira

Em uma sessão realizada na Câmara Municipal de Volta Redonda nesta segunda-feira (16), o vereador Sidney Dinho anunciou a apresentação de um Projeto de Lei (PL) para revogar a legislação que institui o VR Parking – serviço de estacionamento rotativo – na cidade. O vereador prometeu colocar PL em votação ainda nesta terça-feira (17), em caráter de urgência e preferência.

Em um vídeo postado nas redes sociais, Dinho explica que os problemas do sistema de estacionamento foram colocados em pauta novamente na Câmara, referindo-se as as constantes reclamações contra a empresa. O ponto principal que motiva a tentativa de intervenção na atuação do VR Parking são as denúncias de irregularidades na cobrança de grupos protegidos pela legislação, como idosos e pessoas com deficiência (PCDs). Nas palavras de Sidney Dinho, a empresa “não cumpre suas obrigações em face aos PCDs e idosos”, fazendo com que eles passem por “constrangimentos ilegais”.

Segundo um funcionário do VR Parking, que preferiu não se identificar, a empresa descumpre a lei nacional n° 9503, presente no Código de Trânsito, que garante o estacionamento gratuito aos idosos e PCDs – desde que haja credencial exposta no painel do veículo. Apesar disso, esses grupos só podem permanecer estacionados nas ruas pelo limite padrão de três horas, recebendo autuação caso o tempo seja ultrapassado. O funcionário também alega que o valor da tarifa recebida pelos idosos é o mesmo estabelecido para o público geral. O Correio Sul Fluminense entrou em contato com o VR Parking para esclarecer a cobrança feita a grupos prioritários; não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação da empresa.

Mudança de logística

A atuação do VR Parking tem sido questionada pelos próprios funcionários da empresa, designados como monitores, que pontuam problemas na forma de cobrança dos tickets aos usuários das vagas.
O funcionário entrevistado pelo Correio Sul Fluminense relatou que, há cerca de duas semanas, a empresa determinou que os tickets de uso das vagas não poderiam mais ser vendidos pelos monitores aos usuários. Com a mudança, o pagamento das tarifas deve ser feito exclusivamente nos parquímetros, no aplicativo e em pontos de venda. De acordo com o funcionário, a empresa justificou a mudança apontando que a nova logística traria “maior segurança aos monitores”.

Para o entrevistado, a medida representa um problema para os clientes, já que, segundo o relato, muitos parquímetros da cidade apresentam problemas de funcionamento – além de não possuírem recursos de acessibilidade a pessoas com deficiência visual ou que usam cadeira de rodas -, acrescentando ainda que inúmeras vagas não possuem pontos de vendas próximos. Ele também defende que a dependência no uso de aplicativos para o pagamento do ticket também é prejudicial para alguns grupos de moradores, citando como exemplo os idosos, que possuem maiores dificuldades de desvendar serviços virtuais e seriam mais bem auxiliados por monitores.

Além das questões citadas, o entrevistado também alega que as máquinas disponibilizadas pela empresa para os pontos de venda também apresentam defeitos. “Elas reiniciam sozinhas e travam no meio da venda”, explica, afirmando ainda que a situação foi informada ao VR Parking e, até o momento, nenhuma substituição de equipamentos foi feita.

O Correio Sul Fluminense também questionou o VR Parking sobre a mudança na logística de cobrança, junto às demais questões pontuadas no relato do monitor. Não houve retorno e tão logo a empresa se manifeste será divulgado.

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