Metanol: Preocupação chega ao Sul Fluminense

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Bares da região também se pronunciam sobre garantia de segurança - Divulgação/PMVR

Órgãos de vigilância sanitária e estabelecimentos se pronunciam

Por Lanna Silveira

A recente onda de intoxicações pela ingestão de bebidas destiladas com metanol deixou o país inteiro em estado de alerta. As circunstâncias da circulação em massa de bebidas contaminadas estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal, e ainda não há certeza se houve adulteração ou falsificação dos produtos. Até o fechamento desta edição, foram notificados 195 casos suspeitos em todas as regiões do país; o maior número de casos confirmados foi registrado em São Paulo, com duas mortes comprovadas.

A gravidade dos casos confirmados e a possibilidade de que as bebidas contaminadas tenham sido distribuídas para outras regiões alarmaram a população – inclusive, os moradores da região Sul Fluminense. O Correio Sul Fluminense entrou em contato com algumas Prefeituras da região para saber se há algum registro de casos suspeitos nas cidades, além de questionar sobre rotinas de fiscalização e possíveis orientações a serem oferecidas a donos de estabelecimento e consumidores.

A Vigilância Sanitária de Volta Redonda anunciou que já deu início a uma operação especial de fiscalização em estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas. Uma das ações foi realizada nesta quinta-feira (2), com a vistoria de 18 locais: foram encontrados 102 litros de destilados clandestinos, sem registro no Ministério da Agricultura e Pecuária. A equipe informa que a intensificação das inspeções será mantida até que a crise sanitária seja controlada.

A Vigilância Sanitária de Barra Mansa garante que realiza a fiscalização semanal de bares, adegas, armazéns, casas noturnas, supermercados e distribuidoras. Entretanto, mediante a gravidade da onda de intoxicações, a entidade intensificará as operações de fiscalização durante este período.

A Vigilância Sanitária de Pinheiral declara estar em estado de alerta ao controle de qualidade da circulação de bebidas alcoólicas na cidade. A entidade não anunciou nenhuma operação especial em resposta a intoxicação em massa, garantindo que a fiscalização das normas sanitárias e de controle de qualidade já são feitos de forma rotineira na cidade.

A Vigilância Sanitária de Resende também anuncia que estão sendo programadas ações especiais para fiscalizar os estabelecimentos que comercializam bebidas, assegurando que as operações são feitas diariamente, de acordo a demanda de solicitação de licenciamento e renovações de licença.

Os órgãos orientam que a população se atente a qualquer desvio de qualidade visível nos produtos, como: embalagens violadas; rótulos suspeitos; preço muito abaixo do mercado; partículas ou impurezas no líquido. Também foi recomendado que os consumidores procurem marcas como o registro do Ministério da Agricultura e Pecuária e o selo do Imposto sobre Produtos Industrializados na embalagem, além de evitar marcas desconhecidas.

Para os estabelecimentos, as entidades recomendam que sejam sempre adquiridos produtos de fornecedores homologados pelo fabricante, que forneçam também a nota fiscal de todas as bebidas. Além disso, esses locais devem interromper imediatamente a venda de produtos suspeitos, além de sempre guardar as notas fiscais e conferir a procedência da bebida – checando aspectos como selos oficiais, qualidade da embalagem e preços.

As gestões públicas de Barra Mansa e Pinheiral também anunciam que nenhum caso suspeito foi registrado, até o momento.

Estabelecimentos

Durante esta semana, diferentes bares da região estão realizando postagens em suas redes sociais para tranquilizar seus clientes, informando o compromisso do espaço com o controle de qualidade de suas bebidas para evitar a desconfiança e a fuga de consumidores.

Alguns estabelecimentos já perceberam uma queda no interesse por bebidas destiladas e até mesmo um receio dos clientes em consumi-las; é o caso do bar Bier Prosit, de Volta Redonda, que notou a apreensão do público durante esta semana. A administração do bar explica que, para tranquilizar os consumidores, foram informadas as normas do estabelecimento com o controle de qualidade das bebidas. “Todas as bebidas alcoólicas e insumos são adquiridos exclusivamente de fabricantes e distribuidores oficiais, sempre acompanhados de nota fiscal, lacrados de fábrica e com selo de autenticidade”, garante a equipe, que também afirma participar de um treinamento online para identificação de bebidas adulteradas, lançado nesta semana pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).

Outros estabelecimentos da cidade, como o Armazém Ice Beer e a casa noturna Auê Clube – ambos de Volta Redonda – informam que não observaram uma queda significativa na venda de bebidas destiladas desde a popularização do caso. Ambos os estabelecimentos garantem que trabalha exclusivamente com fornecedores locais de longa data, que também vendem produtos a outros estabelecimentos da região, afirmando que todas as bebidas são adquiridas em embalagens originais e lacradas, tendo ainda sua qualidade conferida pela equipe do clube antes de serem disponibilizadas ao público.

Correio Sul Fluminense

Uma Publicação do Grupo Correio da Manhã

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