Programa ‘Tartaruga Viva’ na Costa Verde é reforçado

Título do Post Incrível
Programa capturou 174 tartarugas marinhas. Foto: Divulgação/Eletronuclear

O Dia Mundial da Tartaruga Marinha, celebrado nesta segunda-feira (16), é uma oportunidade para destacar a atuação do Programa Tartaruga Viva, desenvolvido pela Eletronuclear na região da Costa Verde Fluminense, onde estão localizadas as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2.

Fruto do licenciamento ambiental para a operação da central nuclear e realizado em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o programa já registrou 174 tartarugas marinhas por meio de capturas intencionais, além de 118 recapturas, fundamentais para o acompanhamento do desenvolvimento dos animais.

Os dados históricos, de 2018 a 2025, indicam a permanência prolongada de alguns indivíduos na região nos últimos anos, o que revela um ambiente estável e favorável à alimentação dos animais. Em três casos, por exemplo, tartarugas foram registradas na localidade por mais de seis anos — 73, 69 e 67 meses, respectivamente.

O trabalho do Programa Tartaruga Viva, no entanto, vai além do monitoramento dos animais. Ele também abrange ações de reabilitação, muitas vezes necessárias devido aos impactos da ação humana.

No mesmo período, foram realizadas 98 necrópsias em tartarugas encaminhadas ao programa por meio de acionamentos. Segundo o biólogo da Eletronuclear, João Pedro Garcia Araujo, o afogamento e a ingestão de resíduos sólidos estão entre as principais causas dessas mortes.

— O afogamento está relacionado ao atropelamento por embarcações e a apetrechos de pesca, como redes fantasmas, redes de espera ou linhas de nylon. Além disso, o descarte incorreto de resíduos causa um impacto significativo no ambiente marinho. Muitos animais confundem plásticos com alimento, o que compromete diretamente o sistema digestivo e pode levar à morte — alerta o biólogo.

Como ajudar

Para realizar esse trabalho, o programa conta com o apoio da população. Ao encontrar uma tartaruga marinha em situação de vulnerabilidade, no litoral que se estende do Frade, em Angra dos Reis, à Praia do Coqueiro, em Paraty, é possível acionar a equipe pelo telefone 0800 204 4041.

Desde 2018, 23 animais foram reabilitados com sucesso e devolvidos ao seu habitat natural, com destaque para dois indivíduos da espécie Chelonia mydas (tartaruga-verde) e dois da espécie Caretta caretta (tartaruga-cabeçuda).

A primeira espécie, que já foi considerada ameaçada de extinção no Brasil, atualmente é classificada como “quase ameaçada” pelo Ministério do Meio Ambiente. A segunda é considerada uma espécie “vulnerável”.

Deixe um comentário

Correio Sul Fluminense

Uma Publicação do Grupo Correio da Manhã

Boletim Informativo

Assine minha newsletter para receber novos posts, dicas e fotos. Fique por dentro!

ASSISTA AO VIVO

©2025 – Todos os direitos reservados. Projetado e desenvolvido pelo Correio da Manhã.