Taxa para visitar Ilha Grande provoca revolta em Angra dos Reis

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Discussão foi retomada na Câmara de Angra dos Reis - Arquivo/Wagner Gusmão

População pede por revogação da medida aprovada pela Câmara

Por Lanna Silveira

A decisão da Câmara Municipal de Angra dos Reis em aprovar a instituição da Taxa de Turismo Sustentável (TTS), que determina a cobrança de uma taxa de visitação diária aos turistas da Ilha Grande, é alvo de insatisfação geral de moradores da cidade. A medida, discutida em uma sessão da última quinta-feira (25), foi promovida pelo prefeito Cláudio Ferreti e aprovada por nove votos contra três. Ferreti aponta que o objetivo da ação é reforçar os investimentos em infraestrutura, fiscalização e promoção do destino turístico.

As tensões se iniciaram já na sessão da Câmara: vídeos que registram o encontro mostraram a rejeição de membros da sociedade civil à taxação turística, que se revoltaram com o presidente da Câmara, Jorge Eduardo, em diversos momentos da reunião. Eles questionaram a possibilidade de revogação da medida, além de solicitar uma reunião com Ferreti e exclamar a necessidade de “fazer pressão” para que o prefeito não sancione o texto que implementa a taxa.

Os vereadores que deram voto contrário à TTS também se pronunciaram durante a sessão, demonstrando apoio às reclamações da população e garantindo que tentariam ajudar na revogação do texto. Em resposta às críticas, Jorge Eduardo garantiu que o executivo está aberto a dialogar com a comunidade turística da cidade.

Ações da comunidade

Além da revolta na Câmara Municipal, a população de Angra dos Reis também demonstra insatisfação com a decisão por meio de postagens e comentários nas redes sociais. O portal “Petição Pública” já possui um abaixo-assinado contra a taxação, contando com mais de 2.500 assinaturas. O texto que acompanha a petição argumenta que a prática, a longo prazo, diminuirá o interesse dos turistas em visitar a Ilha Grande e afetará seu tempo de permanência na cidade, prejudicando a geração de empregos em diversas atividades e serviços que são aquecidas pelo movimento turístico.

– Angra dos Reis e Ilha Grande vivem do turismo. Cada turista que chega ao nosso município movimenta hotéis, pousadas, restaurantes, bares, quiosques, embarcações, guias de turismo, comércio, transportes, artesanato e inúmeras atividades indiretas. Somos a favor do turismo sustentável, mas sem penalizar os visitantes e colocar em risco milhares de empregos que dependem dessa atividade. Há outras formas de promover sustentabilidade sem desestimular quem mantém nossa economia viva. Por isso, nós, cidadãos, moradores e trabalhadores de Angra dos Reis, Ilha Grande e região, manifestamos nosso repúdio à cobrança da taxa diária de turistas e pedimos à Câmara Municipal que não aprove o PL 39/2025 – conclui o texto.

Correio Sul Fluminense

Uma Publicação do Grupo Correio da Manhã

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