Após perfis na internet associarem o caso do extravio de duas ampolas de urânio da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que aconteceu em 2023 em Resende, o Governo Federal desmentiu a informação de que o sumiço das amostras tenham qualquer relação com o Irã, em benefício do país na guerra contra Israel. As ampolas carregavam apenas 4,25% de hexafluoreto de urânio (UF6), ou seja, a baixa concentração descarta a possibilidade de que o material nuclear tenha sido ou possa ser usado para uso armamentista.
A INB realizou a transferência interna de ampolas do tipo P10 entre áreas de armazenamento na Fábrica de Combustível Nuclear, em Resende. Os tubos continham amostras dos cilindros com o UF6 utilizado na fabricação dos combustíveis das Usinas Nucleares de Angra 1 e Angra 2. São amostras-testemunho para a comprovação do material contido nos respectivos cilindros.
O Ministério Público Federal arquivou formalmente o inquérito, após rigorosa apuração que comprovou a total inexistência de qualquer ato ilícito. A investigação concluiu que se tratou de erro operacional interno, sem qualquer consequência externa. “Qualquer narrativa que sugira risco ou ilegalidade é falsa, irresponsável e totalmente desconectada da realidade dos fatos oficiais”, disse.