Volta Redonda: Hospital São João Batista faz quinta captação de órgãos em 2025

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Fígado, rins e córneas captados nesta sexta-feira (24) vão beneficiar pacientes da fila única de espera no estado. Divulgação/PMVR.

O Hospital São João Batista (HSJB), da rede municipal de saúde de Volta Redonda, fez a quinta captação de órgãos de 2025. Na manhã desta sexta-feira, dia 24, foram captados três órgãos: o fígado e os dois rins; além de quatro tecidos, sendo duas córneas e duas escleras, que serão encaminhados ao RJ Transplantes – Central Estadual de Transplantes (CET) – para beneficiar pacientes em fila de espera única.

A família do doador, um homem de 36 anos, que sofreu traumatismo cranioencefálico por conta de acidente com motocicleta, autorizou a captação após abordagem da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HSJB.

“A esposa, os irmãos e a mãe dele transformaram um momento de dor num ato de amor em aceitar a doar os órgãos e tecidos que vão beneficiar, pelo menos, sete pessoas”, disse a enfermeira da CIHDOTT Daniela da Silva, que coordena o Banco de Tecido Ocular Humano (BTOH) de Volta Redonda.

Do incentivo à doação

O incentivo à doação de órgãos e tecidos no Hospital São João Batista é de responsabilidade da CIHDOTT, que atua com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeira, psicólogos e assistentes sociais. A unidade também promove palestras e treinamentos para os profissionais da área de saúde e para a comunidade, com o objetivo de esclarecer e conscientizar para a diminuição da recusa familiar.

O trabalho que viabiliza a captação de órgãos e tecidos segue um protocolo com três etapas. A primeira é identificar o paciente com uma possível morte encefálica; a segunda é a realização de exames clínicos e complementares para a confirmação do quadro clínico; e, por último, a equipe da CIHDOTT faz a entrevista, conscientizando as famílias em relação à doação de órgãos e tecidos.

O diretor-geral do HSJB, o vice-prefeito Sebastião Faria, ressaltou a importância do trabalho da CIHDOTT dentro da unidade. “Cada doador pode salvar até oito vidas e nenhum documento assinado em vida possui valor legal para garantir a doação de órgãos de uma pessoa ao falecer. É preciso conversar com a família sobre o desejo em ser um doador de órgãos e tecidos, porque somente os familiares podem autorizar a doação”, disse Faria.