Cerca de 30 alunos do Colégio Estadual Presidente Roosevelt, de Volta Redonda, realizaram nesta quinta-feira (04), a primeira visita oficial de estudantes ao Pátio de Agregado Siderúrgico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), localizado no bairro Volta Grande. A atividade integra esforços da empresa para aproximar a comunidade de projetos de inovação e sustentabilidade desenvolvidos em suas operações.
Durante a visita guiada, os estudantes conheceram o processo de beneficiamento da escória siderúrgica, material que se transforma em insumos para diversas aplicações. Entre os destaques apresentados está o mais recente avanço da empresa: a autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para uso do agregado siderúrgico como matéria-prima para fertilizantes e corretivo agrícola em todo o Brasil.
Obtido a partir da escória de aciaria, o produto é reconhecido como insumo mineral capaz de corrigir a acidez do solo e fornecer nutrientes essenciais, como cálcio e magnésio. Ensaios físico-químicos comprovaram que o material possui poder de neutralização compatível com corretivos tradicionais, atendendo também aos limites legais de metais e contaminantes.
Os alunos também observaram usos já consolidados e em desenvolvimento para o agregado siderúrgico. Os técnicos apresentaram aplicações na pavimentação urbana e rodoviária, no lastro ferroviário, na construção civil e estudos para utilização do material na produção de cimentos, com foco em desempenho e redução de impactos ambientais.
Ao longo da visita, os estudantes receberam explicações sobre como a tecnologia empregada pela CSN converte um coproduto da aciaria em produto de valor agregado, com impacto direto no agronegócio, na infraestrutura e no meio ambiente. Os técnicos destacaram ainda que materiais alcalinos derivados da escória podem capturar parte do carbono atmosférico, contribuindo para práticas mais sustentáveis.
Para a professora Alline Oliveira Gonçalves, a atividade representa uma oportunidade de conectar teoria e prática. “Eles voltam para a sala de aula com uma visão mais concreta de como a indústria e a sustentabilidade podem caminhar juntas”, afirmou.
A visita marcou o início de um projeto que pretende receber outras instituições de ensino nos próximos meses. Para a CSN, abrir as portas para estudantes é parte do compromisso em promover educação ambiental, transparência e conexão com a comunidade local. “Acreditamos que mostrar de perto como a indústria evolui e se reinventa é essencial para inspirar novas gerações”, destacou Daira Rodrigues, gerente de Projetos Estratégicos da CSN.
Os alunos também conheceram o acordo de cooperação firmado entre a CSN e a Pesagro-Rio, responsável por pesquisas de campo sobre o uso seguro do agregado siderúrgico em culturas agrícolas do estado. Os estudos buscam validar o potencial do produto para solos ácidos, típicos da região Sudeste.