Um assunto polêmico que também foi abordado durante a reunião da Stiepar com a direção da Eletronuclear foi sobre o tema de distribuição de casas nas vilas residenciais de Praia Brava e Mambucaba. Segundo o sindicato, a direção afirmou “reconhecer o absurdo que é a situação atual de degradação de centenas de casas desocupadas e seu compromisso em distribuí-las da maneira mais rápida possível”. Na época, sob a mesma prerrogativa de economizar recursos para viabilizar a continuidade das obras de Angra 3, a empresa implementou a cobrança de um valor de manutenção para moradores que já estavam há anos nos imóveis.
‘Saída sustentável’
Para isso, o sindicato cobrou a necessidade da divulgação clara por parte da estatal sobre os critérios, datas e disponibilidade dos imóveis, assim como a participação dos trabalhadores para elaboração. “Saimos positivamente surpresos. Seja na articulação para a retomada de Angra 3, seja na operação a longo prazo de Angra 1 ou Angra 2, seja no reequilíbrio das contas da empresa, apenas o diálogo junto aos trabalhadores pode apontar para uma saída sustentável”, concluiu o boletim informativo do Stiepar.
Entenda o caso
Trabalhadores das usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2, que são comandadas pela Eletronuclear, foram às ruas em agosto realizar um ato de manifestação motivado pela falta de definição sobre quem ficará no comando da Eletronuclear, ações de negligência com a classe e supostas ações de desmantelamento das usinas Angra 1 e Angra 2. O ato aconteceu durante o Seminário de Devolução das Ações dos Programas Socioambientais da Central Nuclear de Angra, no Cineteatro de Praia Brava.