Desde quarta (16), profissionais de educação estão em greve por tempo indeterminado | Foto: Reprodução/Redes sociais
Por Ana Luiza Rossi
Centenas de professores de Barra Mansa se reuniram na manhã desta quinta-feira (24) para um ato em frente a prefeitura, no Centro, para reforçar a cobrança sobre projetos e a Nova Reforma da Previdência, que foram votados, na última semana, pela Câmara Municipal. A votação foi o estopim para o início da greve. Desde quarta-feira (16), a rede municipal está em greve por tempo indeterminado.
O ato aconteceu com direito a cartazes e faixas que direcionavam mensagens ao prefeito Luiz Furlani, com pedidos de melhoria no salário, cumprimento do piso e outras demandas. Segundo o diretor do núcleo Barra Mansa do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação), Betto Almeida, desde janeiro diversos ofícios foram enviados pedindo pela regularização salarial.
– Funcionários estão com salários congelados há 3 anos. O salário mínimo está abaixo do mínimo nacional e o Piso do Magistério também não é cumprido – afirmou Betto.
Apesar de solicitado, o prefeito não compareceu ao ato. Segundo Betto, as tratativas ficaram com o Secretário de Governo, José Luiz Vaneli, conhecido como Leiteiro, que recebeu um grupo de 10 pessoas, entre a direção do Sepe, e mostrou empenho em agendar uma audiência com o prefeito. “Estamos abertos para uma reunião com o chefe do Executivo na busca do melhor para todos e, principalmente, pelas nossas crianças que estão sem aulas”.
Pautas e votação
na Câmara
As solicitações dos profissionais de Educação à prefeitura incluem o reajuste dos salários que, segundo a categoria, beira a R$ 1.320,00; o cumprimento do Piso do Magistério; melhores condições de trabalho, com melhorias na ventilação das salas de aula e materiais pedagógicos; chamamento dos concursados; reabertura da Sala de Atendimento Educacional Complementar (Saec) que contava com agentes de apoio para alunos de inclusão.
Outra pauta discutida é a Reforma da Previdência. Uma emenda à Lei Orgânica do Município foi aprovada em primeira discussão na Câmara Municipal para adequar a legislação previdenciária, com novos parâmetros para concessão de aposentadoria e pensões, além de uma revisão das alíquotas de contribuição previdenciária patronal. A mensagem foi aprovada no mesmo dia do início da greve.
Prefeitura rebate
Mesmo com abordagem mais pacífica de Leiteiro, em nota, a prefeitura de Barra Mansa esclareceu que o contexto da convocação da greve é ilegal, além de tratar a redução de salário e aumento da carga horário como inverdades.
A lei que foi aprovada, segundo a nota, autoriza aumentar a carga horária de professores de anos iniciais, com salários e benefícios proporcionalmente pagos, segundo a prefeitura.
– O professor da rede hoje recebe no mínimo R$ 3.572,00 bruto para 20 horas semanais por matrícula, sendo esse assunto objeto de discussão judicial atualmente. Nesse valor inclui-se a regência que, em nenhum momento foi discutida sua alteração para retirar dos vencimentos como vem sendo propagada de forma leviana – afirma.
A Procuradoria Geral do Município foi acionada para tratar dos aspectos legais da greve, ainda segundo a nota.
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