Volta Redonda inicia discussão para Plano Diretor Participativo

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No início de 2026, a comissão intersetorial iniciará elaboração do prognóstico. Divulgação PMVR

O meio do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Volta Redonda (IPPU), iniciou, nesta semana, a série de plenárias que culminam com a Audiência Pública no próximo dia 9 de dezembro. A fase de plenárias do diagnóstico para revisão do Plano Diretor Participativo busca levantar os interesses da cidade e sua população com vistas ao desenvolvimento urbano do município para os próximos dez anos.

O trabalho começou em maio deste ano, com a instituição da Comissão Intersetorial composta por representantes de diversos órgãos municipais, sob a coordenação do IPPU, com consultoria dos arquitetos Vicente de Paula Loureiro, Luciana Leite de Souza e Vladimir de Souza, e acompanhamento do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU), visando à leitura técnica da cidade, chegando à fase das plenárias, que garante a participação popular na elaboração do diagnóstico.

O primeiro encontro aconteceu na tarde desta quarta-feira, dia 12, no auditório da prefeitura com representantes do Setor Público. Participaram os secretários municipais de Estratégia Governamental, Carlos Macedo; de Transporte e Mobilidade Urbana, Paulo Barenco; da Pessoa com Deficiência, Washington Uchôa; de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Sérgio Sodré; de Meio Ambiente, Jorginho Fuede; o presidente da Empresa de Processamento de Dados, Edvaldo Silva; o comandante da Guarda Municipal, Silvano de Paula; o coordenador da Defesa Civil, Rubens Siqueira; além de representantes de outros órgãos dos setores públicos nas esferas Municipal, Estadual e Federal.

Resoluções

As plenárias foram divididas por segmentos, na seguinte sequência: no dia 18 de novmebro, será a vez do Setor Empresarial; no dia 27 de novembro, do Setor Acadêmico/Científico/Conselhos de Classe; e no dia 3 de dezembro, o encontro é com membros dos Movimentos Sociais/ONG/Sindicatos de Trabalhadores. Essas três últimas reuniões serão realizadas na sede da Aciap-VR (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Volta Redonda), às 19h.

Após as plenárias haverá a Audiência Pública aberta à população de Volta Redonda, a ser realizada no dia 9 de dezembro (terça-feira), também às 19h, na Câmara de Vereadores do município, seguida de um período para consulta pública do documento, fechando assim a fase do diagnóstico da revisão do Plano Diretor. No início de 2026, a comissão intersetorial iniciará o trabalho de elaboração do prognóstico, que tem como objetivo traçar as diretrizes e tendências futuras do desenvolvimento urbano do município.

– O Plano Diretor decenal é de grande importância para orientar o futuro da cidade e seu desenvolvimento. Ele apresentará as diretrizes gerais, indicando os possíveis caminhos que da cidade poderá seguir na busca da qualidade de vida da população, principalmente as novas gerações – explicou o presidente do IPPU, Abimailton Pratti da Silva.

Ações e desafios

Na elaboração do diagnóstico do município para o plano diretor, identificou-se que a faixa etária mediana da população é de 39 anos de idade, o que sugere uma mudança de hábitos e atenção com população da terceira idade. Entre os desafios a serem enfrentados estão reverter tempo de viagem em qualidade de vida, priorizando mobilidade ativa, bairros completos – com oferta de Educação, Saúde, comércio, espaços de convivência e áreas verdes. A regulação da concentração de edificações e de pessoas em áreas específicas da cidade, promovendo um crescimento urbano planejado e sustentável, evitando a ocupação desordenada do solo, além da ampliação da oferta de atividades produtivas e de serviços, visando ativar a dinâmica da economia local.

Entre as ações previstas estão a de prover a cidade de desenho urbano de proximidades, constituindo rotas caminháveis e acessíveis, gerando bem estar à população. Promover a redução da dependência do transporte individual motorizado, ampliando a oferta de transporte coletivo com base em energias renováveis. Potencializar áreas já estabelecidas com polos de comércio, serviços, lazer e equipamentos públicos, incentivando a ampliação das opções de atividades multifuncionais, sempre atrelados a moradia e aos serviços de suporte urbano.