Paraty publica nota de repúdio após fake news homofóbica contra servidor

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Coordenador da Juventude também repudiou montagem. Reprodução/@julinho.rodrigues_oficial

A prefeitura de Paraty publicou uma nota de repúdio nas redes sociais após uma montagem com a imagem do Coordenador da Juventude da cidade, Júlio Rodrigues, viralizar. A publicação alega de forma falsa que o servidor estaria vendendo um curso com conteúdos adultos e pornográficos por meio do perfil oficial da prefeitura, com insinuações de caráter discriminatório.

Ainda segundo a prefeitura, as providências cabíveis já foram tomadas junto às autoridades competentes, além de registrar um Boletim de Ocorrência (BO) para identificar quem produziu e também quem compartilhou a publicação. A conduta do crime se enquadrou em três artigos do Código Penal, de calúnia, difamação e injúria.

-Trata-se de uma fake news de caráter difamatório e homofóbico, que atenta não apenas contra a honra e dignidade do servidor, mas também contra os valores de respeito, inclusão e diversidade que norteiam o trabalho da Prefeitura de Paraty – afirmou a nota.

Reforço de estereótipos

Julio também utilizou suas redes sociais para falar sobre o ocorrido e lamentou o caso. “Sou gay, esportista, ator e artista plástico. Essa mentira utiliza minha identidade de forma distorcida, reforçando o estereótipo de que o corpo do homem gay é promíscuo. Situações como essa não se repetem com homens heterossexuais – e isso revela muito sobre o preconceito estrutural que ainda enfrentamos. Faço aqui meu total repúdio a esse tipo de ataque vil, covarde e criminoso”, disse.

A Coordenadoria Especial da Mulher de Paraty também utilizou as redes sociais para apoiar Julio após o episódio homofóbico. A pasta, representada pela Coordenadora Marly Cardoso, reforçou nas redes sociais que é contrária a qualquer tipo de violência – seja com mulheres, seja com o público LGBTQIAPN+.

-O respeito é a base de uma sociedade justa. A violência contra mulher e a homofobia são formas de ódio que ferem vidas e destroem famílias. Combater o preconceito e a violência é um dever coletivo – concluiu a coordenadora.

Outras entidades e coletivos municipais também se manifestaram contra o episódio.