Contratações de plano de saúde aumentam no Sul Fluminense

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Angra dos Reis, Barra do Piraí e Resende foram as cidades com maior porcentagem de adesão

Por Ana Luiza Rossi

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula as operadoras de todo país, em um levantamento solicitado pelo Correio Sul Fluminense constatou que as cidades do Médio Paraíba e Costa Verde tiveram um aumento no número de beneficiários que contrataram planos de assistência médica no período de janeiro a setembro de 2025. Os dados consideraram seis cidades: Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Pinheiral, Resende e Volta Redonda, entre operadoras de saúde variadas.

A cidade com maior crescimento registrado foi em Angra dos Reis, com aumento de cerca de mais 8%. Os números consideram as somas de adesões e quantidade de cancelamentos. O pico de contratações de planos de saúde na cidade foi em fevereiro, com 1.493 novas adesões. Já o pico de cancelamentos foi em junho, que fechou em 1.148. A última atualização da quantidade de beneficiários na cidade, de acordo com a ANS, registrou 43.152 mil pessoas.

Na segunda posição, Barra do Piraí obteve um aumento de 2,28% nas adesões. A cidade em setembro registrou cerca de 22.084 mil beneficiários que utilizam plano de saúde. No mesmo mês, foi registrada a maior quantidade de adesões: 494. Já o mês de março, registrou a maior quantidade de cancelamentos, cerca de 527.

Em sequência, vem Resende. Entre o período de janeiro a setembro de 2025, a cidade obteve um crescimento de cerca de 2,20%, com cerca de 97.243 mil beneficiários registrados em última atualização. O mês de junho registrou o maior número de adesões como também de cancelamentos: foram cerca de 2.783 novas adesões em contrapartida de 2.580 cancelamentos.

Já Volta Redonda, Barra Mansa e Pinheiral praticamente se mantiveram estáveis. As cidades registraram um aumento de 0,26%, 0,97% e 0,67%, respectivamente. Os números podem sofrer alterações retroativas, em razão das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras.

Vale lembrar ainda que, segundo a ANS, adesões e cancelamentos são movimentos normais na saúde suplementar e têm forte relação com o cenário econômico. Além disso, é importante destacar que os cancelamentos podem ter motivos diversos, como a opção de sair de um plano e ingressar em outro por portabilidade de carências, por exemplo. Nos casos de planos coletivos, entre as razões, pode estar a troca de emprego do titular ou por conta de rescisão de contrato a pedido da operadora ou da empresa contratante.

Assim, para uma correta interpretação dos dados sobre cancelamento, é preciso considerar as seguintes ressalvas: um cancelamento em determinado mês pode ser uma adesão no mês seguinte, visto que o beneficiário pode ter mudado de plano, e que tanto os dados de cancelamento como os de adesão indicam a movimentação de vínculos de beneficiários a planos de saúde, de modo que um mesmo indivíduo pode possuir mais de um contrato de plano de saúde e, portanto, contar mais de uma vez como cancelamento e/ou adesão, no mesmo mês ou em mês diferente.

Nova tendência ao contratar planos

Ao Correio Sul Fluminense, a proprietária da Lion Corretora de Seguros e Planos de Saúde, Ana Paula Assis, afirmou que há uma tendência entre os usuários que buscam pela contratação de um novo plano de saúde. Especialmente no caso de pessoas físicas, agora a prioridade é optar pelo custo-benefício.

– Hoje a busca por planos mais agressivos, com cobertura completa, geralmente tem sido contratadas pelas empresas. Para pessoas físicas, o olhar tem se voltado para o custo benefício. O perfil dos contratantes varia entre 30 a 45 anos, geralmente pais e mães. Eles são mais informados e querem pagar para ter acesso a uma estrutura que supere os custos. E, definitivamente, a qualidade hospitalar na região Sul Fluminense está aumentando – pontuou.

Antes, era comum buscar atendimento centralizado apenas em um local. Mas agora, com os casos de superlotação e falta de vagas para realização de exames, os usuários tem sido mais criteriosos na hora de fechar o plano de saúde. “Hoje as pessoas querem mais amplitude em atendimento e estrutura hospitalar. É o que faz mais sentido para o cliente”, concluiu.