XXVI Festival de Teatro da cia. Arte em Cena acontece em Volta Redonda

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Espetáculos serão apresentados durante o mês de novembro no Teatro Gacemss 1. Foto: Arte em Cena

Por Lanna Silveira

A partir deste fim de semana, o Teatro Gacemss recebe o XXVI Festival de Teatro Arte em Cena, promovido pela Cia. Arte em Cena. As apresentações terão entrada de 25 reais e oferecerão um repertório extenso de narrativas para todos os públicos.

O Bem Amado

15/11 – 19h30

A peça reinterpreta a obra “O Bem-Amado”, de Dias Gomes, transformando-a em um retrato cômico e provocador sobre o poder, a hipocrisia e a humanidade. Na fictícia cidade de Sucupira, o recém-eleito prefeito Odorico Paraguaçu sonha em cumprir sua promessa eleitoral de inaugurar o novo cemitério da cidade., enfrentando um obstáculo: ninguém morre em Sucupira. Entre intrigas e artimanhas políticas, a trama traz à tona as contradições entre a moralidade, a fé e os desejos ocultos de uma cidade viva e pulsante.

Entre Contos e Encantos

16/11 – 19h

O espetáculo retrata um universo de fantasia, demonstrando os bastidores dos contos e encantos de reis e rainhas, príncipes e donzelas, além de bruxas assustadoras. Em meio a personagens que se perdem em meio a julgamentos motivados pelas aparências, a peça demonstra que nem tudo que reluz é ouro.

Obediência Cega

19/11 – 19h30

O espetáculo surge como uma denúncia a medicalização da vida. Os personagens demonstram a obediência passiva de uma população que aprende a engolir comprimidos em vez de buscar por respostas e soluções. Por meio de uma narrativa que demonstra o quanto a normalidade se manifesta por meio de uma paz fabricada pelo uso de remédios, “Obediência Cega” pede pela cura de uma sociedade que teme o pensamento livre.

Escola de Bruxos e Mensagem Secreta

20/11 – 18h

(Escola de Bruxos): A peça, inspirada em “Harry Potter”, conta a história de uma escola onde o poder pesa mais que a magia. Seu diretor, Anakton, é um senhor de mandos e desmandos, que reina sem saber o que é amar. Os alunos desta escola vivem sob o medo, aprendendo a se esconder. Uma esperança surge com a chegada da misteriosa “Lua Azul”, que se ergue como uma esperança aos alunos. Com o ímpeto de mudança, nasce uma rebelião em busca pela liberdade na Escola de Bruxos.

(Mensagem Secreta): Quando um menino recebe uma declaração de amor secreta, ele embarca numa jornada cômica e misteriosa para descobrir quem a escreveu. Por pistas escondidas, bilhetes e sussurros pelo corredor da escola, ele mergulha no universo jovem onde todo toque de celular é um sinal e cada risada pode esconder a autora da mensagem. Com o tempo, ele percebe que o verdadeiro enigma não era só “quem me escreveu?”, mas o que acontecerá quando ele descobrir quem foi.

Diário

21/11 – 19h30

“Diário” é uma comédia dramática que mostra como o bullying, disfarçado de brincadeira, pode causar grandes feridas. Entre risos e lágrimas, um grupo de jovens revela as páginas escondidas de seus diários. No palco, cada personagem tenta rir de si mesmo para não chorar, transformando a dor em ironia, o constrangimento em cena. O humor surge como defesa, mas também como cura. Aos poucos, o riso abre espaço para o afeto e a compreensão. A peça busca mostrar que crescer é rir do que doeu, sem esquecer o que se aprendeu.

Contos de Fada

22/11 – 18h

O espetáculo mostra um universo de fantasia, repleto de cores e criaturas mágicas, em que as fadas, responsáveis por criar os contos clássicos, são desafiadas por um grupo de gnomos que querem ganhar protagonismo com suas próprias histórias. Por meio do uso das histórias dos “Três Porquinhos”, do “Patinho Feio” e do “Peter Pan”, os personagens refletem sobre como essas narrativas representam a realidade humana e podem influenciar a visão das crianças sobre o mundo.

O Santo Inquérito

22/11 – 19h30

A peça, que é uma releitura da obra “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes, conta a história de Branca Dias – uma jovem acusada de heresia ao tentar afirmar sua liberdade. Entre julgamentos, ameaças e dilemas morais, a peça expõe o choque entre a opressão e a força do indivíduo, convidando o público a refletir sobre como a resistência ainda é alvo de repressão nos dias de hoje.

As Guardiãs do Tempo

24/11 – 19h30

Quando um grupo de alunas de 2025 revisitam sua escola no passado, elas descobrem que a realidade se mostra muito diferente e distante do que lembravam. Entre desencontros, desafios e descobertas, as personagens aprendem, juntas, a resolver suas questões e a lidar com suas diferenças, percebendo que cada instante tem sua importância e que o tempo traz aprendizado e transformação.

Por detrás da Máscara

25/11 – 19h30

A peça conta a história de sete mulheres que, apesar de habitar o mesmo espelho, escondem segredos individuais. Sete telas revelam o que seus sorrisos disfarçam e o que o medo não consegue revelar: dor, silêncio e cansaço. Enquanto as sete mulheres fingem leveza, se sentem cobradas por cada olhar alheio. Entre a angústia e a esperança, elas buscam a próprio independência e paz.

A Linha do Tempo

26/11 – 19h30

A peça retrata a evolução da mulher através dos tempos. Do ventre do tempo, nasce a primeira voz, um sussurro de barro e sonho. Ela pinta nas cavernas o rosto do mundo, antes mesmo de ser nomeada. No Egito se fez adorada e, na Grécia, subjugada. No Renascimento pintada; já no Impressionismo, despertada. Na arte, a mulher se reinventa, passando de musa para sua própria obra-prima. No teatro, na dança, nas tintas, na palavra, pulsa o coração da história e da marca social e cultural da mulher.

Páginas do Silêncio

27/11 – 19h30

Em um mundo distópico, onde a leitura é crime e os livros são proibidos, uma personagem ousa quebrar o silêncio. Ao ler e escrever sobre aquilo que lhe foi vetado, ela torna-se alvo — e símbolo de resistência. Misturando fatos com possibilidades aterradoras, o espetáculo revela o poder da palavra e o medo que os controladores nutrem dela.

Censurado

28/11 – 19h30

A partir das produções artísticas da época da ditadura, a peça “Censurado” apresenta um paralelo, onde nas sombras do passado, ecos do fatídico ano de 1964 ainda sussurram no presente. Vozes silenciadas insistem em ser ouvidas, rompendo o véu da história abafada. Entre documentos e lembranças proibidas, nasce o desejo de denunciar. Personagens divididos entre medo e coragem, vivendo em um país que ainda teme falar. A censura mudou de rosto, mas continua a ditar o que se pode sentir. A peça revela feridas que o tempo tentou esconder, mas não cicatrizou.