Eletronuclear e INB estão na expectativa de mudanças

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Raul Lycurgo estaria aguardando apenas nomeação do seu substituto na Eletronuclear Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A Eletronuclear e a INB (Indústrias Nucleares do Brasil) estão em compasso de espera sobre mudanças no alto comando das estatais, previstas para acontecerem ainda esse mês. Nos bastidores, alguns nomes para as substituições foram ventilados, inclusive, com apoio de políticos e entidades com força no setor de energia junto ao presidente Lula.

As duas estatais estão diretamente interligadas. A INB é responsável pela produção de urânio e outros materiais nucleares e fornece combustível para a Eletronuclear, que gerencia as usinas nucleares brasileiras, Angra 1, Angra 2 e Angra 3, esta última com as obras paralisadas e envolta em um verdadeiro imbróglio.

No caso da Eletronuclear, a saída do presidente Raul Lycurgo é dada como certa. O executivo – na empresa desde 2023 – teria pedido demissão e espera apenas o presidente Lula bater o martelo para se desligar definitivamente da empresa. O mandado de Raul Lycurgo terminou em 28 de abril.

O cargo já está sendo alvo de disputa entre Sidnei Bispo, diretor administrativo da empresa e André Osório, atual chefe de gabinete de Lycurgo. Outro que vislumbra a presidência da estatal é o atual presidente da Nuclep, Carlos Henrique da Silva Seixas. Tanto Osório quanto Seixas teriam apoio do deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), defensor da continuidade das obras da usina nuclear Angra 3, como anunciou a coluna Magnavita.

Movimento sindical

Em meio a uma greve na Eletronuclear, encerrada na semana passada, uma outra mudança ocorreu na diretoria da empresa. o Gerente de Garantia de Qualidade, Rodolfo Grossi, foi exonerado. Samuel Madeira assumiu o seu lugar. A troca teria ocorrido porque a empresa não estaria levando à risca os manuais de análise de segurança.

PDV sob suspeita

Na INB, com unidades em Caldas (MG), Rio de Janeiro (RJ), Resende (RJ) e Caetité (BA), o presidente da estatal Adauto Seixas estaria na corda bamba depois de uma série de denúncias que vão desde vazamento de dados da empresa, adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) – considerada irregular -, recebimento de auxílio, também colocado como ilegal, entre outras.

Pesa ainda sobre a presidência da INB o pedido de uma investigação feita pelo Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União). A representação foi feita pelo subprocurador-geral do MP junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, publicada pela Folha de São Paulo.

– Cumpre ao TCU investigar os fatos à luz de suas atribuições constitucionais e legais, exercendo o poder-dever de zelar pelo bom uso dos recursos públicos e sancionando os responsáveis por condutas desviantes – diz Furtado, no documento.

A adesão de Adauto ao PDV (Plano de Demissão Voluntária) contraria o regimento interno da INB que veda a adesão de ocupante de cargo em comissão de livre provimento e de cargo estatutário. Além disso, Adauto aderiu ao programa, mas continuou trabalhando na empresa e recebendo o salário líquido de mais de R$ 34 mil normalmente. O PDV foi lançado no ano passado.

Com relação ao auxílio moradia em torno de R$ 43 mil recebido por Adauto, o questionamento é sobre o período que foi pago: fevereiro deste ano, quando o presidente da INB afirma que se mudou para o Rio, onde a INB tem escritório. O detalhe é que ele possui imóvel na capital carioca, como a reportagem da Folha mostrou.

Em nota à imprensa, Adauto Seixas nega irregularidades e declara que todas as ações foram tomadas com o conhecimento e autorização da própria INB.

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Correio Sul Fluminense

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