A Ocupação Sala Preta, projeto do coletivo teatral barramansense Sala Preta, está encerrando o ano com potência e casa cheia. A “Mostra Primeiro Sinal” – que oferece uma programação variada de espetáculos teatrais produzidos pelo próprio coletivo, por outras companhias da região Sul Fluminense, e até mesmo de iniciativas internacionais – acontece até este domingo (7). O festival celebra o encerramento de um ciclo que transformou a Sala de Espetáculos Lurdinha Chiesse (Tulhas), no Parque da Cidade, em um pulsante espaço de formação, criação e encontro.
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Para este fim de semana, a Mostra trará a apresentação das seguintes peças:
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05/12 – 20h | Caravana Sertão (Cia Palco de Retalhos): Em uma vila isolada pelo sol e pela seca, homens e mulheres convivem com o calor, a fé e a fantasia. Entre lendas, sonhos e a poeira do tempo, o sertão se revela como um espaço simbólico onde o real e o imaginário se confundem. Lobisomens, noivas com buquês de brócolis, pombas gigantes e cangaceiros que saem de garrafas dão vida a uma narrativa poética sobre resistência, sobrevivência e esperança. A peça é uma celebração da cultura popular nordestina sob uma linguagem contemporânea, em que luz, sombra e corpo constroem o território da cena.
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6/12 – 20h | TODA NUDEZ: Excertos de uma experiência obsessiva (Labex Teatro): A partir da dramaturgia de “Toda nudez será castigada”, de Nelson Rodrigues, o coletivo Labex apresenta uma criação que mergulha em personagens divididos entre virtudes, falhas e obsessões. Em cenas fragmentadas, humor, tragédia e melodrama se entrelaçam para revelar afetos, tensões e os labirintos íntimos que movem cada figura desse universo nelson-rodriguiano.
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7/12 – 16h | Roda de Conversa “Papo na Beira” – Partilhando Processos e Aprendizados: o objetivo da conversa é criar uma conexão entre o público participante, partilhando aprendizados e desafios e pensando em como se fortalecer na região do Médio Paraíba enquanto comunidade vinculada ao teatro. O debate terá mediação de Viviane Saar.
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19h | VIRGO (La Riqueza Teatro; uma companhia teatral do México): a peça aborda os primeiros encontros com a sexualidade na adolescência, acompanhando duas histórias que se cruzam em uma escola pública. A personagem Lucy descobre o desejo e enfrenta tabus que tentam contê-la, enquanto Javier revisita a rejeição e o isolamento vividos 15 anos antes, questionando estigmas sociais, a falta de diálogo entre pais e filhos e o risco da desinformação. A peça propõe uma reflexão sensível sobre crescer, desejar e existir.
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Ingressos gratuitos: https://www.sympla.com.br/produtor/salapreta
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Sobre a Mostra e o coletivo
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Desde a última terça-feira (03), a “Mostra Primeiro Sinal” vem movimentando Barra Mansa com apresentações lotadas, fila de espera e um fluxo intenso de público que fortalece a economia local, ativa a rede de artistas e mostra a importância de manter esse movimento vivo. O nome da Mostra carrega um símbolo do teatro: o “primeiro sinal” é o aviso que anuncia que algo está prestes a começar. Aqui, ele marca não um fim, mas um convite para seguir – um chamado para que a cena continue viva e acessível.
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O Coletivo Sala Preta, que tem mais de 16 anos de atuação na região, mobilizou centenas de pessoas ao longo deste ano: estudantes, artistas, plateias diversas, trabalhadoras e trabalhadores da cultura que alimentam toda uma cadeia produtiva. Com todas as suas iniciativas, o Sala Preta reafirma sua posição como um dos principais espaços de formação e experimentação teatral do Sul Fluminense: um coletivo que transforma arte em encontro, gera trabalho, amplia acesso e fortalece a cultura local.
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A Ocupação Sala Preta é realizada com recursos do Ministério da Cultura, por meio da Política Nacional de Cultura Viva, e é a prova de que investir em cultura movimenta a cidade, aproxima pessoas e cria futuro.
