A Secretaria de Cultura de Volta Redonda (SMC) realiza na quinta-feira (20), às 14h, no Memorial Zumbi, um grande evento em comemoração ao Dia da Consciência Negra, em celebração à cultura afro-brasileira que vai reunir diversas atrações: o Jongo de Arrozal e o Jongo di Volta, representativos da ancestralidade e resistência; o Grupo Realce, com samba de raiz; o DJ Pelezinho, com um set dedicado à Black Music; e, ainda, a Feira Afro Moda, com venda de acessórios, artesanatos e gastronomia.
“Será um evento importante, com valorização dos nossos artistas da cidade”, afirma o secretário municipal de Cultura, Anderson de Souza.
Dentre as atrações pelo Dia da Consciência Negra, o Jongo de Arrozal é formado por cerca de 30 jongueiros e jongueiras da comunidade de Arrozal e é um dos grandes representantes da tradição viva do jongo no estado, sendo que suas raízes estão nas famílias descendentes dos antigos negros escravizados da antiga Fazenda da Cachoeira de Arrozal, em Piraí.
Liderado pelo Mestre Edgar, o grupo mantém viva a herança afro-brasileira por meio da dança, do canto e dos tambores que ecoam histórias de resistência, fé e celebração, o que levou ao reconhecimento vindo com o título de Ponto de Cultura. O Jongo de Arrozal participa de diversos encontros e eventos culturais, com a convicção de reafirmar o valor da cultura negra e a importância da preservação das raízes africanas no Brasil – da qual o jongo, considerado patrimônio cultural imaterial, faz parte.
O grupo vai apresentar nesta quinta um espetáculo que mistura tradição e contemporaneidade, com oficina de tambor, danças afro e rodas de jongo conduzidas pelo Mestre Edgar.
Outro representante da manifestação cultural no Sul Fluminense, o coletivo Jongo Di Volta foi fundado por José Geraldo da Costa, o Geraldinho Jongo – que tem sua base de formação com o Jongo de Pinheiral –, e realiza atividades quinzenais há 10 anos no Memorial Zumbi, às segundas-feiras.
O coletivo desenvolve projetos em parceria com o Poder Público local, além de atividades em escolas, comunidades quilombolas e no Centro Cultural Fundação CSN, mais seminários, palestras e oficinas, atendendo a um público diversificado. No último mês de setembro, o Jongo di Volta foi certificado como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura.