O Tribunal de Contas da União criou uma força-tarefa para fiscalizar estatais federais que enfrentam dificuldades financeiras. Entre elas, a ENBPar, que controla a Eletronuclear, gestora das usinas nucleares do país. O presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, afirmou que o órgão vai passar a acompanhar a “situação delicada fiscal e de gestão” das empresas, que prestam serviços essenciais como a operação de aeroportos, a cunhagem de moeda e o serviço postal. A iniciativa é de responsabilidade da Segecex e avaliará cinco eixos: gestão, inovação, desempenho financeiro, pessoal e tecnologia da informação.
Governo Lula discute empréstimo
O governo Lula discute um empréstimo de R$ 20 bilhões para a ENBPar, com aval do Tesouro, mas a operação ainda depende de parecer técnico. A negociação do empréstimo não foi citada no relatório. A ENBPar também está sob atenção por causa da Eletronuclear, que administra Angra 1 e as obras de Angra 3. A empresa pediu R$ 1,4 bilhão ao governo para cobrir compromissos até o fim de 2025. Para 2025, o governo do presidente Lula projeta déficit de R$ 6,2 bilhões nas contas das estatais federais e de R$ 6,7 bilhões em 2026.
Casa da Moeda na lista
Também citada no relatório, a Casa da Moeda registrou queda de 74% no lucro líquido em 2024, apesar do aumento da receita, e fechou o ano com resultado operacional negativo. A Infraero, afetada pela concessão de aeroportos à iniciativa privada, acumulou prejuízo de R$ 228,7 milhões e redução de 71% na receita líquida. Entre as companhias Docas, o relatório cita a Codern, do Rio Grande do Norte, como dependende em 72% da receita do Porto de Maceió, que pode ser desvinculado de sua administração.
*Com informações da Folhapress