A 1ª Mostra na Tela, realizada nesta quarta-feira, 12 de novembro, apresentou ao público nove produções audiovisuais desenvolvidas por estudantes da UTD Altas Habilidades ou Superdotação e de outras três escolas da rede municipal de Angra dos Reis. O evento contou com três sessões, realizadas das 8h às 17h, na sala de cinema do Centro Cultural Theophilo Massad (CCTM), reunindo famílias, professores e equipes escolares em um dia dedicado à criatividade, à arte e ao cinema.
A Mostra marca a consolidação do NUCINE – Educação em Movimento, novo núcleo de cinema e educação da UTD, um projeto conduzido por professores da própria rede municipal. Ao longo de 2025, os docentes desenvolvedores do projeto realizaram formações com educadores de diferentes unidades, capacitando-os para trabalhar linguagem cinematográfica e produção de curtas com seus alunos.
Além dos estudantes da UTD Altas Habilidades ou Superdotação, também participaram alunos da E.M. Tânia Rita de Oliveira Teixeira, da E.M. Mauro Sérgio da Cunha e da E.M. Professora Cleusa Fortes de Pinho Jordão, ampliando o alcance pedagógico da iniciativa e fortalecendo a integração entre as escolas.
— A Mostra na Tela representa uma nova etapa no trabalho da nossa rede. Estamos abrindo espaço para que os estudantes criem, experimentem e se expressem por meio de uma linguagem potente como o cinema. É um projeto que nasce dentro da escola pública e demonstra que, quando investimos em formação e em oportunidades, o talento dos nossos alunos floresce. Seguimos comprometidos em valorizar talentos, incentivar práticas inovadoras e ampliar o acesso dos estudantes às diferentes linguagens artísticas — comentou o secretário de Educação, Juventude e Inovação, Paulo Fortunato.
Os nove curtas exibidos abordaram temas variados e refletiram a diversidade de perspectivas da rede municipal, incluindo produções autorais, documentários, narrativas de ficção e obras experimentais. Para muitos estudantes, foi a primeira experiência de ver seus trabalhos projetados em uma sala de cinema — vivência que estimulou novas habilidades e reforçou a importância da arte como ferramenta educativa.
— Ver meu curta na tela de cinema foi inesquecível. A gente trabalhou muito, escreveu roteiro, gravou, editou e, quando as luzes se apagaram, eu quase não acreditei. É muito legal perceber que aquilo que a gente imagina pode virar um curta de verdade — relatou a aluna Isabela Graciano.
Antes do encerramento, professores e equipes que participaram das formações destacaram a importância do trabalho coletivo durante as gravações e edições, reforçando o caráter colaborativo do audiovisual no ambiente escolar.
— O NUCINE nasce para democratizar o acesso ao audiovisual dentro da escola. Não se trata só de fazer curtas, mas de desenvolver autonomia, linguagem, pensamento crítico e trabalho em equipe. Ver professores e alunos de diferentes escolas produzindo seus curtas é a prova de que o cinema tem um papel transformador dentro da educação — enfatizou o professor Wagner Santos de Barros, um dos desenvolvedores do projeto, ao lado dos professores Márcio Marcolino e Bruno Mattos.