O Quilombo de Santa Rita do Bracuí, em parceria com o Instituto AfrOrigens, recebeu representantes do Smithsonian Institution, de Washington DC e pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, Pensilvania, EUA. O objetivo foi conhecer os locais de memória do negro em Angra dos Reis e experimentar a culinária tradicional quilombola. A iniciativa faz parte de um amplo projeto internacional de história e arqueologia subaquática que busca reconstruir capítulos esquecidos da história do tráfico ilegal de africanos escravizados no Brasil.
Significado histórico e cultural
Segundo a secretária de Cultura e Patrimônio de Angra dos Reis, Marlene Ponciano, o trabalho realizado no Bracuí tem um profundo significado histórico e social. E mais: como desdobramento das pesquisas, na quarta-feira, 12, será inaugurada no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, a exposição “Para Além da Escravidão”, onde o navio Camargo será um dos temas centrais.
‘Para além da escravidão’
Já nos dias 13 e 14, o seminário “Para Além da Escravidão – Memória, Justiça e Reparação” será realizado no Arquivo Nacional. O sítio arqueológico Bracuí 1 abriga os vestígios da embarcação Camargo, que naufragou em 1852. Trata-se de um dos últimos registros materiais do tráfico ilegal de africanos escravizados no país, um episódio histórico que, durante muito tempo, permaneceu silenciado.