O SUV produzido no Sul Fluminense veio para elevar os padrões
Por Ana Luiza Rossi
Em três palavras: maior, tecnológico e refinado. Esta foi a avaliação da Redação do Correio Sul Fluminense que pode realizar um test drive inédito na mais nova aposta da fabricante de carros Nissan, o Novo Kicks. Aliás, as origens podem ser japonesas, mas o ‘sangue’ é Sul Fluminense: o modelo e motor são produzidos no Complexo Industrial da Nissan, localizada em Resende, no interior do estado do Rio.
Com design mais robusto, o modelo 2026 tem cerca de 4,36m de comprimento e a largura, sem contar com retrovisores, chega a 1,80m. A Redação testou o modelo Advance, com preço inicial de R$177.990, mas há outras versões disponíveis: o Sense (R$166.990), o Exclusive (R$184.790) e a versão topo de linha Platinum (R$199.000).
Um ponto forte no projeto são os faróis estreitos com iluminação de led, além da texturização nas bases do para-choque frontal e saias laterais. A traseira é igualmente chamativa com apliques pretos que também emolduram junto a lateral do veículo. No Advance, há cinco cores disponíveis: Branco Diamond, Prata Classic, Cinza Grafite, Preto Premium e Vermelho Malbec.
Sob o capô
O modelo tem um motor 1.0 com injeção direta e turbocompressor, que desenvolve 15 cv de potência e 22,4 kgfm de torque – quanto abastecido com etanol. Esse propulsor trabalha em conjunto com uma transmissão de dupla embreagem DCT banhada a óleo. Ela é acionada por um seletor da transmissão no estilo e-Shifter, que é inédito no segmento. Aliás, muito intuitivo: basta tocar nos botões “D”, “R”, “N” e “P”, com freio de mão eletrônico auto-hold. Ainda é possível fazer troca manual das marchas por meio do paddle shift – as famosas ‘borboletas’ – que ficam atrás do volante.
A parte de dentro impressiona pelo conforto, espaço e acústica. Os bancos dianteiros e traseiros possuem revestimento premium, com tecnologia exclusiva Zero Gravity, ou seja, um banco totalmente ergonômico. Na parte traseira, ainda há um banco traveiro rebatível e bipartido para apoio do braço ou de bebidas. O porta malas do Advance chega a 470 litros de capacidade.
Veículo high-tech
Em quesito tecnologia, a Nissan provou que não mediu esforços no modelo. Todas as versões possuem um painel relativamente robusto em comparação com outros veículos, com a Multimídia Nissan Connect de 12.3 polegadas e painel de instrumentos de 7 polegadas, na versão Advance. O modelo ainda possui visão 360° inteligente e um detector de objetos em movimento. Ainda há carregador de celular por indução, além de portas USB tipo C na dianteira e traseiras.
Na estrada, também é possível selecionar modos de condução (Normal, ECO, Sport) e ainda contar com o alerta inteligente do assistente de prevenção de mudança de faixa (LDP/LDW), que corrige a direção do veículo caso esteja fora da pista.
O veredito final da equipe aponta que o modelo definitivamente cumpre a missão de melhora em espaço e tecnologia.
Investimentos de quase de R$ 3 bilhões
Vale lembrar que a nova geração do modelo recebeu investimentos de R$ 2,8 bilhões da empresa japonesa para a preparação da fábrica com o processo iniciado inclusive dois anos antes, em 2023.
Neste ano, durante a cerimônia de lançamento, o presidente da Nissan América Latina, Guy Rodríguez, também anunciou a contratação de 400 novos funcionários para garantir o aumento da cadência de produção dentro de dois turnos de operação. Além disso, foram criados 297 postos de trabalho na linha de produção.
O lançamento, que aconteceu em abril, contou ainda com a presença do presidente Lula e do vice-presidente da República e Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que discursaram para cerca de 500 convidados, entre autoridades, concessionários, fornecedores, executivos e funcionários da Nissan.
Vale lembrar ainda que nos dois últimos anos, a Nissan foi uma das fabricantes de veículos que mais cresceu no país em vendas, superando em muito o desempenho médio do mercado brasileiro. Em 2023, a marca comercializou no país 72.548 veículos, um crescimento de 35% em relação ao ano anterior, enquanto a média do mercado foi de 11%.
