Reunião sobre médicos da rede pública sem consenso

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Reunião foi marcada por uma discussão acalorada entre Neto e Gisele Klinger - Acervo pessoal

O prefeito de Volta Redonda, Antonio Francisco Neto, se reuniu com vereadores para debater o corte salarial dos profissionais de saúde pública na manhã desta quarta-feira, em seu gabinete. A discussão foi encerrada sem alcançar resoluções. A redução de 25% nos salários dos médicos teria sido proposta pelo prefeito para garantir o pagamento do décimo-terceiro dos servidores, que estaria em risco por conta da crise financeira enfrentada pelo município.

O processo de contenção de despesas teria sido iniciado na semana passada, quando Neto reuniu o secretariado e pediu ajustes em todas as pastas, incluindo a redução de contratos e gastos administrativos. A ordem seria até mesmo segurar investimentos previstos para os próximos meses.

Segundo o vereador Renan Cury, que apresentou as propostas feitas pelos médicos, Neto não foi favorável a nenhuma delas. O vereador afirma ainda que foi acordado que a prefeitura tentará estabelecer uma solução temporária sobre o caso dentro de 20 dias.

Uma das sugestões feita pelos médicos é a manutenção do vínculo atual por RPA, com pagamento bruto de R$ 20.000,00 (correspondente ao salário e gratificação anteriormente praticados), por 40h semanais, garantindo a preservação da remuneração habitual e evitando perdas financeiras aos profissionais.

A segunda opção seria migração para vínculo por Pessoa Jurídica, com salário bruto que, após os descontos legais, resulte no mesmo valor líquido percebido no modelo RPA de R$ 20.000,00 (aproximadamente R$ 14.500,00), por 40h semanais.

A terceira opção seria a manutenção do vínculo por RPA com valor bruto de R$ 15.000,00, condicionada à redução proporcional da carga horária semanal para 30 horas, incluindo o retorno do day off como forma de compensar perdas financeiras. Todas elas foram rejeitadas e uma nova será apresentada pelo Executivo em 20 dias.

Discussão acalorada

O encontro com a participação de um grupo de vereadores, incluindo o presidente do Legislativo, Edson Quinto, houve um momento de embate entre Neto e a vereadora Gisele Klinger. Neto ficou exaltado quando Gisele questionou valores pagos para três nomes em contrato de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), considerado alto.

O prefeito acusou a vereadora de estar mentindo pois, segundo ele, ela sabia que não era um funcionário que recebia o valor informado. Ela se defendeu, pediu respeito e o embate ganhou um tom elevado. Neto teria pedido desculpas a vereadora antes de ela sair do gabinete. A gravação da reunião foi divulgada nas redes sociais e reproduzidas por diferentes páginas e contas, incitando a revolta popular com a forma como a conversa foi conduzida pelo prefeito.

Ao Correio Sul Fluminense, a vereadora informou que registrou um Boletim de Ocorrência (BO) por violência política de gênero na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) de Volta Redonda. A Redação também entrou em contato com assessoria de imprensa da prefeitura de Volta Redonda, mas não houve retorno até o fechamento da reportagem.

Correio Sul Fluminense

Uma Publicação do Grupo Correio da Manhã

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