Por Lanna Silveira
Catálogo de mostra histórica
O Sesc Barra Mansa realiza o lançamento do catálogo da exposição “Terra Vinga”, em cartaz até 5 de outubro, na próxima terça-feira (30), às 18h. Com distribuição gratuita, a publicação reúne registros das obras e da expografia da mostra, além do texto curatorial de Joyce Delfim.
Segundo o designer gráfico Kelvin Moura, responsável pelo projeto, “a concepção gráfica do catálogo reflete o espírito da exposição ao tensionar dois registros opostos: de um lado, a dimensão fantástica evocada pela tipografia de traço rebuscado, que remete a narrativas idílicas e imaginários antigos; de outro, a dureza da exploração mineral, traduzida nas intervenções sobre o papel — manchado, marcado, amarelado, como se também ele carregasse as cicatrizes da degradação do solo”.
A programação do dia contará ainda com sessão de autógrafos do artista Marlon de Paula e, às 19h, uma visita guiada pela exposição, aberta ao público e sem necessidade de inscrição.
Sobre a exposição
Terra Vinga, assinada pelo artista mineiro Marlon de Paula, propõe uma reflexão crítica e sensorial sobre os impactos da mineração e da exploração colonial no território brasileiro.
A mostra explora como o imaginário colonial — alimentado por mitos como o da Serra de Sabarabuçu e pelas promessas de riquezas minerais — moldou não apenas a paisagem física, mas também as estruturas socioeconômicas e políticas do país. A exposição aborda as marcas dessa lógica extrativista, que impacta ecossistemas e comunidades desde o período colonial até o capitalismo industrial.
No conjunto de obras selecionado, o público pode ver fotomontagens, instalações, videoperformance e fotografias que combinam imagens autorais, documentos de arquivo e gravuras históricas. Apresentar a exposição em Barra Mansa potencializa o diálogo: a cidade foi um importante entroncamento ferroviário desde o século 19, integrando as rotas que escoavam minérios e outras riquezas do interior para o litoral. Até hoje, a linha férrea corta a malha urbana e permanece ativa.
Festival teatral
A partir do dia 2 de outubro, o Centro Cultural Fundação CSN realiza o ‘Festival de Teatro da R21’ em Volta Redonda, com o objetivo de promover e difundir a cultura cênica por meio da formação e do intercâmbio artístico. O festival pretende refletir sobre a humanidade, abordando questões sociopolíticas. A programação, a ser divulgada pelo perfil @centroculturalfcsn, incluirá teatro, lançamento de livro, rodas de conversa e oficinas.
História brasileira
A Cia. de Teatro Arte em Cena, de Volta Redonda, promoverá uma apresentação do espetáculo “Cadê o Brasil que Estava Aqui?” neste sábado (27), no Teatro Gacemss 1, às 19h30. A peça escrita por Igor Andrade e dirigida por Stael de Oliveira, já virou uma das marcas registradas da companhia, com uma sinopse que explora, satiriza e critica a história do Brasil. As entradas são garantidas com a doação de um quilo de alimento.
Oficina de grafitti
O Coletivo A.R.A.R, de Barra Mansa, promoverá uma oficina de grafitti na Festa de São Cosme e Damião que será realizada no Centro Espírita Pai José d’angola e Iemanjá, localizado no bairro Roberto Silveira. O público alvo das oficinas são as crianças da comunidade; além do momento educativo, serão distribuídos doces e promovidas brincadeiras recreativas. O evento acontecerá das 10h às 15h.
Saúde mental
A atriz Nathália Dias Gomes se une a Danilo Nardelli, diretor do coletivo teatral Sala Preta, para apresentar “O Papel de Parede Amarelo – Um Quadro de Histeria” em Barra Mansa. A peça adapta o conto de Charlotte Perkins Gilman, que conta a história de uma mulher que precisa enfrentar opressões e negligencias sobre saúde mental devido a uma depressão pós-parto. O evento gratuito acontece na Sala de Espetáculos Lurdinha Chiesse, às 19h30.