As Secretarias da Mulher e de Assistência Social de Barra do Piraí deram início às ações do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização, prevenção e combate à violência contra as mulheres. As primeiras atividades, que também fizeram alusão aos 19 anos da Lei Maria da Penha, aconteceram na manhã desta quinta-feira (07), na Rua Capitão Mário Novaes e na entrada da 88ª Delegacia de Polícia.
Tais ações foram realizadas de maneira integrada e contaram ainda com o apoio da 88ª DP/NIAM, Patrulha Maria da Penha, Guarda Municipal, Segurança Presente, Juizado de Violência Doméstica/Projeto Violeta e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (COMDIM).
A programação começou às 9h com a campanha de mobilização e simulação de feminicídio na Rua Capitão Mário Novaes, mais especificamente no local conhecido pelos barrenses como Ponte do Vips.
A simulação chamou a atenção da população, que parou para observar a cena impactante do corpo da vítima, representado por um manequim, que estava coberto por um saco preto, cercado por faixas de isolamento, simbolizando o local do crime. Também foram dispostos um telefone celular quebrado, os calçados da vítima e folhas de papel com frases corriqueiramente ditas a mulheres vítimas de violência para que o ciclo se perpetue.
Enquanto isso, as equipes da rede de proteção estavam entregando panfletos e explicando o significado da ação para a população. Nessas abordagens, os profissionais destacaram aos barrenses quais eram os tipos de violência sofridos pelas mulheres, bem como os canais de denúncia. Além disso, a equipe também entregou à população um folder intitulado “Diário de um Feminicídio”, que serviu como uma narrativa que culminou no feminicídio simulado.
A secretária da Mulher, Daniella Oliveira, explicou o objetivo dessa ação. Fazendo referência ao feminicídio simulado, a chefe da pasta também destacou que nenhuma forma de violência deve ser normalizada.
“A ação tem como objetivo chamar atenção para a importância da denúncia e de ações que evitam o escalonamento da violência, assim como apontar a naturalização da violência. Essa cena choca, mas por que só reagimos quando chega nesse ponto? E o primeiro tapa? Os gritos? A manipulação? A chantagem? Não dá pra ficar sentado esperando que a violência acabe. Esse é um dever de toda a sociedade. O feminicídio é o desfecho de uma escalada de episódios de violência que se agravam ao longo do tempo, com ameaças, humilhações, controle, empurrões. Nenhuma forma de violência deve ser aceita ou naturalizada”, afirmou Daniella.
Em um segundo momento, às 10h, parte da equipe se direcionou à porta da 88ª Delegacia de Polícia, local de grande simbologia para a rede de proteção, para realizar uma blitz educativa. Nesta ação, a exemplo da primeira, ocorreu panfletagem e explicações sobre este mês.
A prefeita Katia Miki reforçou que garantir os direitos das mulheres é uma prioridade de seu governo. Relembrando brevemente sua história, ela manda uma mensagem a todas as barrenses.
“Quando uma mulher sofre, todas nós sofremos. Temos que pôr um fim ao ciclo de violência. Desde o início de minha carreira na advocacia, luto para que os direitos das mulheres sejam garantidos. Como vereadora não foi diferente e, agora, como prefeita, muito menos. Quando assumimos, fiz uma promessa a todas as barrenses de que, em nosso governo, as mulheres seriam uma prioridade. Estamos promovendo avanços significativos como a criação da Secretaria da Mulher, a inauguração do Projeto Violeta, o novo Centro de Saúde da Mulher e muito mais. Afirmo e reafirmo para todas as barrenses: vocês não estão sozinhas!”, finalizou a chefe do Executivo.
Também participaram da ação a Secretária Municipal de Assistência Social, Marina Tinoco, e a vereadora e procuradora da mulher da Câmara Municipal, Lu Maciel.
