Ato na véspera da visita de Marina

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Movimento contra obra de hotel de luxo acontece durante a Flip em Paraty - Divulgação/Gov RJ

Por Patrícia Campos Bello – Folhapress

Na véspera da participação da ministra Marina Silva na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), um protesto de caiçaras, indígenas e quilombolas contra o projeto de lei de flexibilização do licenciamento ambiental e a construção de um hotel Emiliano na região ocupou as ruas de Paraty, na tarde desta quinta-feira (31).

Representantes do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba terão uma reunião com a ministra do Meio Ambiente no sábado de manhã, para pressionar para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vete o “PL da devastação”, como é chamado por ambientalistas, aprovado em 17 de julho com apoio de parte da bancada governista.

As lideranças também querem pressionar contra a concessão de licenciamento ambiental para construção de um hotel Emiliano em região de manguezal.

Os manifestantes, a pé pelas ruas da cidade e em canoas no rio Perequê Açu, levavam faixas de “veta Lula”, pressionando o presidente Lula a vetar o projeto de lei, e “xô Emiliano”.

Marina Silva vem à Flip participar de uma mesa da programação principal na sexta-feira à noite. No sábado de manhã, ela terá uma discussão com o escritor Itamar Vieira Junior na Caixa de Histórias, casa da programação paralela da Flip.

Marcela Cananea, coordenadora nacional de comunidades tradicionais caiçaras e do fórum de comunidades tradicionais da região, disse à Folha de S.Paulo que espera que a ministra apoie as comunidades, que se opõem ao licenciamento ambiental concedido pela Prefeitura de Paraty para construção do resort do Emiliano.

“Precisamos da força política da ministra Marina Silva. Nós não queremos resort do Emiliano aqui. O empreendimento vai impactar todas as comunidades tradicionais, marisqueiras, caranguejeiros e pescadores tradicionais”, diz Marcela.

“É um absurdo, no ano da COP no Brasil, aprovam a PL da devastação e esses projetos que impactam comunidades tradicionais e aceleram mudanças climáticas.”

Segundo Vagner do Nascimento, o Vaguinho, coordenador do Fórum e liderança quilombola, a ideia é falar com a ministra sobre o que veem como graves problemas no processo de licenciamento.

Como relatou a Folha de S.Paulo, o MPF (Ministério Público Federal) protocolou na terça-feira da semana passada (22) uma ação civil pública exigindo a anulação da licença de instalação do Hotel Spa Emiliano em Paraty.

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Correio Sul Fluminense

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