‘Essa situação é absurda’. Foi assim que definiu o deputado estadual Munir Neto (PSD) sobre a situação do Dr. Welton Correa Alves, um paciente que sofre com a rara doença de Pompe, caracterizado por um defeito numa enzima que provoca o acúmulo de açúcar nos músculos. Devido ao diagnóstico, ele precisa realizar um tratamento de reposição enzimática a cada duas semanas só que, em agosto, não conseguiu ter acesso.
– Compareci à unidade da Unimed FERJ, que é o espaço ‘Cuidar Bem’, e lá encontrei, na realidade, o espaço ‘Inferno na Terra’: discussões, agressões, desinformação e até chamada de autoridades policiais para conter o tumulto que ocorreu – afirmou Welton, que completou: “Por fim, eu sem minhas enzimas, os pacientes sem os seus tratamentos. Expondo-nos a todos e a toda sorte de complicações”, afirmou.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar, que também é presidente da Frente Parlamentar de Doenças Raras da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), se mostrou indignado com a situação. “Eu oficiei a Unimed e a Anvisa cobrando uma solução urgente. O paciente não deveria recorrer à justiça para ter seu direito a vida garantido. O remédio salva vidas”, disse.
Após mudanças no atendimento da operadora, diversos segurados, clínicas e diversos médicos foram descredenciados. O resultado foi longas filas, falta de remédio e a interrupção dos tratamentos em pacientes oncológicos.
Na última semana, a Justiça do Rio determinou a retomada dos atendimentos com multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento.