Por Lanna Silveira
A Prefeitura de Pinheiral anunciou, por meio de redes sociais, que os donos dos animais de grande porte recolhidos pelo Cirac (Centro Integrado de Recolhimento, Assistência e Controle de Animais) têm até o dia 13 de outubro para se identificar como tutores e retirá-los do local. Caso o prazo não seja cumprido, estes animais serão enviados para a adoção, sem possibilidade de recuperação posterior.
Para recolher o animal, é necessário apresentar documentos de identificação, como RG e CPF, além de comprovante de residência, documentos que comprovem a posse do animal e informações sobre o local onde ele será alojado. O catálogo com fotos, sexo e data de recolhimento dos animais pode ser consultado na sede da Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal e Desenvolvimento Rural, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h.
Insatisfação local
Os animais recolhidos pelo Cirac se encontravam, anteriormente, em situação de abandono nas vias públicas de Pinheiral. A circulação de animais de grande porte sem o acompanhamento de um tutor é constante na cidade, sendo um dos principais alvos de reclamação da comunidade local. Na maioria das vezes, são encontradas vacas, cavalos e bois circulando por áreas residenciais, ou pistas de trânsito. Os moradores especulam que os animais são de posse de donos de fazenda localizadas na cidade e, por vezes, conseguem identificar seus tutores pela marca de identificação de gado.
A irracionalidade dos animais, somada a falta de acompanhamento de algum responsável para domá-los, oferece riscos a integridade física e material da população. Ao longo do último ano, O Correio Sul Fluminense recebeu denúncias de moradores sobre danos materiais em carros e portões de garagem, reações agressivas e tentativas de ataque a moradores nas ruas, inclusive crianças. Nas ocasiões em que os animais circulam em grande volume, o trânsito de carros e pedestres sofre perturbações. Além disso, os animais sujam as ruas com fezes e destroem o jardim de algumas casas.
– Nada justifica você ordenhar vaca e depois soltar nas ruas. Não tem que ter um monte de animal solto sem cuidado, que pode ferir alguém, quebrar alguma coisa e gerar um custo público. Não dá pros responsáveis (pelos animais) simplesmente se acomodarem – enfatiza um morador do bairro Jardim Real.
