Arco em Vassouras continua sem prazo para restauração

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O arco, que pertence a Fazenda do Pocinho, está com parte da sua estrutura comprometida - Arquivo pessoal

Moradores reclamam de estrutura de uma estrada provisória

*Por Isadora Ventura

Após 4 anos espera, o desvio da RJ-137 – que fica entre os municípios de Barra do Piraí e Vassouras – finalmente teve as obras de pavimentação iniciadas no início do mês. Moradores ainda reclamam sobre a falta de iluminação e sinalização do local. A estrada provisória foi criada em 2021 após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) interditar o Arco de Ipiranga, que fica no trecho, pelo risco de degradação do monumento, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que pertence a Fazenda do Pocinho.

Uma das moradoras do bairro Itakamosi, que preferiu não se identificar, apesar de reconhecer que a pavimentação já ajudou quem passa pelo trajeto, disse que não foi suficiente para suprir as necessidades dos moradores. “Com a falta de manutenção, há muitos anos, o arco que temos aqui no bairro Ipiranga, acabou tendo um desvio criado. Porém, ela ainda se encontra sem iluminação e sinalização, o que acaba tornando o trajeto perigoso durante a noite”, disse.

O morador Aloísio de Oliveira, concordou: a preocupação com a segurança noturna é recorrente. “O arco continua lá. Fizeram o atalho e asfaltaram, mas não tem iluminação e fica tudo escuro”, disse, e ainda completou: “Aquilo [o arco] não era para ser tombado. O que tinha de histórico mesmo, era a fazenda, que hoje, não existe mais”, concluiu.

Ao Correio Sul Fluminense, o vereador Manoel Melo Macedo, conhecido como Manelzinho, explicou que, devido o trajeto pertencer ao Governo do Estado do Rio, o desvio provisório depende de verbas enviadas pelo Estado para concluir as demais demandas locais.

No entanto, o projeto permanente para concluir a estrada principal virou um verdadeiro imbróglio. “O arco tem um projeto no qual a gente está aguardando. Por intermédio do Iphan, estamos aguardando verbas do Governo Federal, mas ainda não há orçamento, estudo ou levantamentos divulgados”, disse o vereador.

Para se ter ideia, em maio deste ano, as prefeitas de Barra do Piraí, Kátia Miki, e de Vassouras, Rosi Silva, se reuniram para tentar encontrar alternativas para liberar o trecho, que interliga as duas cidades e Mendes. Na época, Rosi afirmou que a situação se arrastava há décadas e exigia uma resposta definitiva e, sobretudo, agilidade do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-RJ), Inepac e do Iphan.

Sobre o trecho e a Fazenda do Pocinho

A histórica Fazenda do Pocinho, hoje transformada em ruínas, está entre as cidades de Vassouras e Barra do Piraí. As terras são cortadas pela rodovia estadual RJ-137, conhecida como Estrada do Ipiranga. A fazenda foi tombada pelo Iphan em 1987, a pedido então, dos proprietários e herdeiros do Barão de Guaraciaba.

Na época, conforme consta na documentação dos arquivos do Inepac, o conjunto apresentava problemas naturais de manutenção após as mudanças e demais impactos causados pelo esvaziamento econômico do Vale do Paraíba, após a crise do café.

*Estagiária sob supervisão de Ana Luiza Rossi

Correio Sul Fluminense

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