Eletronuclear inicia campanha de armazenamento a seco dos combustíveis da usina Angra 1

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Operação dura cerca de quatro meses e movimentará a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto

A Eletronuclear deu início à campanha de transferência dos combustíveis usados da usina nuclear Angra 1 para a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco (UAS) no último domingo, dia 31 de agosto. A movimentação começou às 19h, marcando o primeiro passo da operação, que terá duração de aproximadamente quatro meses e trará grande movimentação ao canteiro da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis.

No início da semana foi executado o carregamento do primeiro MPC, com 37 elementos combustíveis, seguido pelo processo de soldagem da tampa do cânister — o invólucro metálico que, posteriormente, será armazenado no casco de concreto e aço chamado Hi-Storm. A operação ainda envolve etapas de drenagem da água e secagem interna, garantindo total segurança para o armazenamento.

Durante esta primeira semana, as atividades ocorrem no interior do Edifício do Combustível de Angra 1, em área controlada, onde os elementos são preparados para o armazenamento definitivo. Após o processo no Hi-Trac, um casco temporário, o subcasco é transferido para o Hi-Storm e, finalmente, destinado à UAS.

O coordenador da 2ª campanha da UAS, Júlio César dos Santos, explica que o objetivo principal é liberar espaço nas piscinas das usinas para receber novos combustíveis, assegurando a continuidade operacional.

– Com essa ação, os combustíveis usados serão transferidos para cascos de aço e concreto, aumentando a vida útil da piscina de Angra 1 em 20 anos – destacou.

A atual campanha é dedicada exclusivamente aos combustíveis de Angra 1, em continuidade ao trabalho iniciado no ano passado, quando foram transferidos os elementos de Angra 2. Essa estratégia permite à empresa planejar, com segurança e eficiência, o armazenamento dos materiais até 2045.

Na primeira campanha, já haviam sido transferidos 15 módulos. Agora, a expectativa é que, ao final da segunda etapa envolvendo Angra 1, sejam armazenados 48 Hi-Storms no total. Vale ressaltar que os combustíveis usados não são considerados rejeitos radioativos, pois ainda possuem potencial energético que pode ser reaproveitado futuramente, a exemplo do que já fazem países como França, Rússia e Japão.

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Correio Sul Fluminense

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