Criminosos se passam pelas transportadoras Loggi, Jadlog e Correios
Por Redação
Após quase um mês em que o Correio Sul Fluminense apurou as tentativas de golpe envolvendo o nome da transportadora Loggi, agora criminosos também estão se passando por outras empresas, como Jadlog e Correios, para aplicarem o golpe.
A tentativa se mantém no mesmo formato. Enviam uma mensagem pelo WhatsApp em formato de atendimento automático com nome, endereço e em alguns casos, até detalhes do pedido verdadeiro. Em maioria dos casos, os golpistas avisam que a encomenda foi retida pela alfândega para pagamento de uma taxa e que, caso a pendência não seja regularizada, a entrega do produto se manterá suspensa.
As vítimas clicam em um botão para visualizar o pedido e cai em um site contendo as supostas últimas atualizações e o valor da taxa, que varia entre R$50 e R$60 reais.
Milhares de reclamações
Na plataforma de Reclame Aqui, a transportadora Jadlog já registra mais de 1000 reclamações sobre cobranças indevidas. A empresa inclusive reforçou via anúncio na plataforma que o mercado de logística está sendo alvo de diversos tipos de golpes virtuais. “A Jadlog nunca realiza cobranças extras, via PIX, para entregas de suas encomendas. Evite compartilhar dados sem verificar a fonte”, apontou a empresa.
Na mesma sessão de problemas, a Loggi também coleciona mais de 800 reclamações. Em resposta a um dos clientes que questionaram sobre a taxa, a empresa também reforçou que não realiza cobranças fora do aplicativo. “Por isso, ao tomar conhecimento a Loggi registrou boletim de ocorrência, para que as medidas policiais sejam adotadas a fim de identificar os responsáveis pelas práticas indevidas”, pontuou.
Orientações
Odinei Gresele, assessor de segurança da Sicredi Vanguarda PR/SJ/RJ, reforça a importância de adotar medidas preventivas, reconhecer sinais de golpes e evitar decisões por impulso. Golpes atingem todas as idades, mas pessoas acima dos 50 anos seguem como principal alvo, já que 57,8% desse público relata ter sido vítimas em 2024.
– Infelizmente, hoje em dia muitos golpistas entram em contato com as pessoas com frequência. Apesar de nos comunicarmos com os associados, nunca pedimos que cliquem em links, compartilhem dados pessoais ou bancários, nem realizem pagamentos. Para ter certeza de que é realmente a sua instituição financeira entrando em contato, sempre verifique se o número é um canal oficial ou se as mensagens possuem selo de verificação – alerta.
A agilidade do PIX, embora útil, também tem sido explorada pelos criminosos para aplicar fraudes com mais facilidade. “É importante reforçar que o PIX não é o vilão, ele trouxe muitos benefícios para o dia a dia, mas também facilitou a atuação dos golpistas. Por isso, antes de fazer qualquer transferência ou pagamento, é fundamental confirmar se a situação é verdadeira e se o destinatário é, de fato, quem diz ser”, orienta Gresele.
Para isso, o assessor destaca que proteger as informações pessoais e bancárias não é apenas recomendável, é indispensável. Afinal, basta um descuido para que seus dados caiam em mãos erradas.
– Opte por utilizar senhas fortes e ativar a autenticação em dois fatores nos seus aplicativos e redes sociais. Também é importante ter cuidado com o que se compartilha no digital, pois informações da rotina podem ser usadas por pessoas mal intencionadas para aplicar golpes e fraudes. Manter os perfis em modo privado ajuda a proteger seus dados. E nunca anote informações bancárias em blocos de notas ou outros meios eletrônicos – disse, e ainda acrescentou: “antes de tomar qualquer decisão, confirme se a situação é real. Entre em contato com a instituição pelos canais oficiais ou dirija-se até uma agência”.
*Com informações do Banco Sicredi