A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) realizou, neste sábado, 16 de agosto, a tradicional cerimônia de Entrega de Espadins aos 404 cadetes do 1º ano da Turma General Leônidas Pires Gonçalves.
O evento contou com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho; do Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva; do Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército General de Exercito Francisco Carlos Machado Silva,; do Diretor de Educação Superior Militar , General de Divisão João Felipe Dias Alves; do Comandante da AMAN, General de Brigada Marcus Vinicius Gomes Bonifacio; além de autoridades militares e representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Também prestigiou a solenidade a governadora de Pernambuco, Sra. Raquel Teixeira Lyra Lucena, que esteve na AMAN para conhecer a bicentenária instituição e obter informações sobre a futura Escola de Sargentos a ser instalada no estado.
Realizada desde 1932, a solenidade marca um dos momentos mais significativos da formação do cadete: o uso, pela primeira vez, do tradicional e histórico uniforme “ Azulão “. Recebidos com entusiasmo por familiares, amigos e pela sociedade, os cadetes – oriundos de todas as regiões do Brasil e de nove Nações Amigas (Cabo Verde, Camarões, Guiana, Nigéria, Panamá, Paraguai, Peru, Tanzânia e Vietnã) – adentraram o Pátio Marechal Mascarenhas de Moraes.
O Espadim de Caxias, réplica da Espada do Duque de Caxias, é considerado o símbolo da honra militar. Ele representa o compromisso dos jovens que, após 20 meses de formação iniciada em 2024, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas (SP), avançam em sua jornada rumo ao oficialato.
Seguindo os ritos da solenidade, a Espada que pertencia ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva – o Duque de Caxias, foi conduzida ao pátio pelo cadete do 4º ano João Gabriel Guimarães Marques. Em seguida, a Bandeira Nacional, os Estandartes Históricos e os de Nações Amigas foram apresentados por uma guarda de cadetes.
Em sua fala, o Comandante da AMAN, Gen Bda Marcus Vinicius Gomes Bonifacio, destacou a importância do momento:
“Hoje vivemos um momento carregado de emoção, simbolismo e significado. Que vocês incorporem a máxima: ‘Ides comandar, aprendei a obedecer’. Cadetes, celebrem sua história, vocês são os Cadetes de Caxias.”
O Ministro da Defesa, como autoridade máxima presente, realizou a entrega do primeiro Espadim ao Cadete Yan de Oliveira Batko, de 21 anos, natural de Brasília (DF), primeiro colocado da turma. Os Cadetes receberam o Espadim das mãos de seus padrinhos e madrinhas.
Orgulhoso, o cadete Batko descreveu a emoção:
“É um símbolo muito importante para mim, um sonho que sempre tive desde criança. Com essa conquista, espero cada vez mais orgulhar minha família e seguir em frente, pois há muito a vencer na carreira.”
Com o sabre em mãos, os futuros oficiais proferiram o tradicional juramento:
“Recebo o sabre de Caxias como o próprio símbolo da honra militar.”
O gesto reforçou o compromisso com os valores do Exército e com a missão de se tornarem líderes do futuro.
O cadete João Sampaio ressaltou:
“Esse dia representa a recompensa pelo grande esforço que fizemos para estarmos aqui, neste lugar sagrado.”
A cadete Sarah Raquel também registrou sua conquista:
“Antes mesmo de abrir a oportunidade para o segmento feminino, eu já sonhava em estar aqui. Foram cinco anos tentando e, enfim, consegui. Hoje celebro a conquista do Espadim.”
Encerrando a cerimônia, os cadetes entoaram a Canção da AMAN e reafirmaram sua fé na tradição, na disciplina e na camaradagem militar.
O Comandante do Exército, Gen Ex Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, reforçou o significado da solenidade:
“É a primeira vez que vocês trajam o uniforme azulão e portam o Espadim. Hoje, cada um assume o compromisso com a formação. Reconhecemos o sacrifício feito para chegarem até aqui, em um concurso tão concorrido, com 39 mil candidatos disputando 440 vagas. Portanto, Cadetes do Brasil, sejam muito felizes.”
Ao final, ecoou a voz de comando:
“Cadetes da Turma General Leônidas Pires Gonçalves, FORA DE FORMA, MARCHE!”
