Festival de cinema em Volta Redonda discute emergências climáticas

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O festival foi idealizado pelo cineasta voltarredondense Marco Antônio Pereira - Divulgação

Projeto será promovido em Volta Redonda no mês de novembro

Durante o mês de novembro, Volta Redonda receberá o 1º Festival VR Ambiental: Cinema e Sustentabilidade. O evento promoverá uma mostra de filmes e documentários nacionais e internacionais com temáticas inteiramente focadas nas causas ambientais e práticas de desenvolvimento sustentável.

O projeto foi viabilizado após a aprovação no edital da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura.

O festival acontecerá de 6 a 9 de novembro em três localidades da cidade: no Teatro Gacemss, na Biblioteca Municipal ‘Raul de Leoni’ e no auditório da UFF – todos no bairro Vila Santa Cecília. A data do evento foi escolhida por ser próxima ao dia de realização da COP 30, que é a conferência climática mais importante do mundo e será sediada no Brasil neste ano.

As inscrições para participar da seleção dos filmes que serão exibidos no festival abrem no dia 20 de agosto. A curadoria, formada por oito profissionais da área do cinema e de técnica ambiental, priorizará obras que tratem de temas como aquecimento, desmatamento, preservação das florestas, povos originários, mudanças climáticas e conceitos afins.

Além da exibição cinematográfica, a programação do festival contará com uma competição de filmes nacionais e a realização do projeto “1 minuto pelo Clima” – um workshop, que foi realizado anteriormente com alunos da Escola Municipal Prefeito José Juarez Antunes, que promove a produção de obras audiovisuais de até um minuto que aborde a crise climática. Também serão promovidas palestras e debates na área de meio ambiente e gestão do audiovisual.

O festival foi idealizado pelo produtor e cineasta volta-redondense Marco Antônio Pereira. O artista explica que o festival pretende levantar um debate reflexivo sobre a emergência climática por meio da arte, enfatizando que esta questão abrange alguns dos principais problemas da atualidade, como inundações, desabamentos de encostas, secas prolongadas e insegurança hídrica e alimentar. “(Esses problemas) forçam milhares de pessoas a deixarem suas casas no mundo todo”, acrescenta.

A realização de um festival de cinema ligado à causa ambiental é um sonho antigo de Marco Antônio. Entre todas as cidades brasileiras, a escolha de Volta Redonda teve a influência da relação pessoal de Marco com o município, além de sua crença de que projetos desse tipo precisam acontecer em cidades que tenham um papel importante dentro de suas regiões – o caso de Volta Redonda no Sul Fluminense, a seu ver. “As capitais já têm mais acesso a eventos e festivais com essa temática. No interior, ainda é raro. Então, trazer esse tipo de discussão para cá é fundamental”, pontua. Marco reforça que o poder de influência local será um ponto importante a ser considerado caso haja a possibilidade de levar o projeto para outros municípios brasileiros no futuro.

O contexto da realização de um festival que impulsiona o ambientalismo em Volta Redonda se fortalece ainda mais considerando a presença de uma indústria siderúrgica no coração da cidade e as recentes manifestações de moradores em prol da busca por um modo de operação mais sustentável. A equipe do festival acredita que o evento ajudará a conscientizar tanto a população quanto as indústrias sobre a necessidade de engajar no debate ambiental e na busca ativa por soluções, não somente em relação aos problemas locais quanto às questões que atingem o mundo inteiro. “A ideia é pensar numa cidade com mais qualidade de vida, mas não podemos esquecer que temos que pensar globalmente e agir localmente. Neste ano, nossa intenção é focar mais nas questões globais seguindo as diretrizes da Cop 30”.

Realização

O Festival VR Ambiental é uma parceria da Urbano Filmes com o Ecofalante, o maior festival de cinema dedicado a temáticas socioambientais da América Latina, e com coprodução da Cavídeo. A equipe do festival fará parte do grupo de curadoria dos filmes do festival.

O evento ainda recebe o apoio da Prefeitura Municipal de Volta Redonda, através das Secretarias de Educação, Cultura, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo, do gabinete do deputado estadual Munir Neto, do Coordenador da Comissão de Audiovisual da Alerj, Sebrae-RJ, GACEMSS, Fundação CSN, UFF, Aciap-VR, Comitê de Bacias Médio Paraíba do Sul, Cescola (Centro de Educação Ambiental nas Escolas), Centro Brasil no Clima e BrBio (Conservação Marinha e Costeira) e Grupo Pançardes de Comunicação.

Outros parceiros já confirmados na parte conceitual do projeto são: Elianne Omenna, curadora na área ambiental; Simone Siag Oigman Pszczol, diretora executiva do Instituto Brasileiro de Biodiversidade (CBC); Guilherme Syrkis, do Centro Brasil no Clima; e Gilles Maréchal, da ONG Teralim francesa, que faz intercâmbio com a ONG AMAR no Brasil e participa de redes ligadas à ecologia e agricultura rural. A equipe do festival também está em processo de definição da grade das mesas, além de estar em diálogo com outras instituições de Volta Redonda e região para fortalecer essas parcerias.

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Correio Sul Fluminense

Uma Publicação do Grupo Correio da Manhã

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