Articulistas do MEP avaliam impactos do ‘tarifaço’ em Volta Redonda

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Divulgação/MEP

Na marca dos 71 anos, Volta Redonda se vê diante de uma ‘barreira “, o tarifaço de Donald Trump. Articulistas ligados ao MEP, comentam a situação.

Mesmo com a isenção de alguns produtos no tarifaço, os articulistas apresentam preocupações associadas à medida de Trump e o desemprego iminente.

“O tarifaço precisa ser analisado em diferentes perspectivas. A Embraer seria taxada em 50%, certo? No dia 30 saiu uma nota do governo Trump que não seria mais taxada. As ações da Embraer subiram. Temos que ler o que não está escrito, ouvir o que não foi dito, ver o que não foi mostrado. Observe que o café está na lista do tarifaço. Assim, os exportadores vão ter que reduzir a sua margem de lucro vendendo pro mercado interno até achar um meio pra continuar ganhando em dólar? Por fim, saber o que exatamente passa na cabeça do Trump é difícil, ele não segue qualquer lógica. Mas Volta Redonda pode presenciar preços mais baixos na prateleira dos mercados, de carne, manga e café, entre outros produtos. Nesses casos o caminho da paciência, da cautela e do silêncio valendo ouro”, disse o professor de Érique Barcellos, da direção Executiva e professor de sociologia no Pré Vestibular Cidadão do MEP.

“Volta Redonda se encontra neste cipoal, mesmo com a não imposição da tarifa para o aço, o cenário é incerto desde já implica em incertezas ‘precificadas’ pelo mercado, exigindo cortes, arrochos e outros elementos que demonstrem ‘saúde’ por parte das empresas do setor. Chega a ser irônico: enquanto o expoente do capitalismo visa recuperar empregos da indústria e resgatar a produção nacional visando sua melhoria, a periferia vende não apenas seus produtos, mas também as chaves do seu desenvolvimento em troca do interesse de alguns poucos”, analisou Dr. Luiz Gustavo Cavalcanti, conselheiro do MEP
Riscos

“Quanto aos impactos diretamente em Volta Redonda, tenho dúvidas, porque o aço inoxidável, aço-liga e outros tipos de aço foram excluídos da tarifa Trump. Minha grande preocupação será os empresários usarem isso para arrochar salários, piorar condições de trabalho e demitir trabalhadores”, pontuou a professora Raquel Giffoni, sociologa, conselheira da equipe socioambiental do MEP

“O mercado norte-americano responde por mais ou menos 50% da exportação de aço do Brasil. Mas taxar esse produto também é custoso para as empresas americanas, sobretudo porque o aço é um bem de produção, isto é, um insumo fundamental para a indústria de qualquer lugar. Eu não acredito muito na duração dessa medida. Porém, é provável que isso endosse narrativas da própria CSN no sentido de cortar postos de trabalho, reduzir benefícios, travar acordos coletivos e retirar outros direitos dos trabalhadores. Isso é provável que aconteça. Caso haja de fato um impacto na exportação do aço para o mercado norte-americano e isso se prolongue, outros efeitos poderão ser sentidos pelo conjunto da cidade, como o atraso em negociar medidas de mitigação da poluição”, completou o professor Raphael Lima, sociólogo do conselho do MEP.

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Correio Sul Fluminense

Uma Publicação do Grupo Correio da Manhã

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