Brasil exporta minerais da INB no Rio para a China

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Nova parceria aumentará o faturamento da ADL e trará mais receita à INB, por royalties - Divulgação/INB

Novo contrato para exportação do material aumentará pagamento de royalties à Indústrias Nucleares do Brasil, estatal federal

Por Sônia Paes

O Brasil exportou para a China pré-concentrado de minerais pesados produzidos na unidade da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) de Buena, que fica em São Francisco de Itabapoana (RJ). O primeiro embarque do material para a empresa chinesa, que não teve o nome informado, foi feito no último dia 10, e partiu do porto do Rio de Janeiro.

Em 2022 foram exportadas 40.000 toneladas de pré-concentrado de minerais pesados, enquanto em 2023, a INB enviou 39.000 toneladas do material para diferentes clientes daquele país. As informações sobre o volume exportado são do blog da jornalista Tânia Malheiros. O pré-concentrado de minerais pesados é vendido pela INB no mercado nacional e internacional.

O contrato foi fechado entre a ADL Mining – que atua na área de mineração há mais de 18 anos – administradora da de Buena e a empresa chinesa no último dia 10, mesmo dia que o material foi embarcado. A parceria visa, principalmente, aumentar o faturamento da ADL. Com isso, a receita da INB também terá ampliada com o pagamento do royalties.

O presidente da INB, Adauto Seixas, confirmou a intenção da estatal em incrementar o caixa que enfrenta desafios: “O aumento no faturamento da empresa parceira, aliado à exportação do material, representa um avanço importante na consolidação do nosso modelo de concessão onerosa, que transforma ativos subutilizados em fontes de receita para a INB”, disse Adauto, por meio de nota enviada pela INB.

A reunião teve ainda a participação do superintendente de Novos Negócios, Sanzio Pereira; do consultor jurídico, Eduardo Salek; do gerente de Implantação, Gestão e Acompanhamento de Novos Negócios, Saulo Ribeiro; e de José Ricardo Alves Luz.

Crise financeira e de gestão

Há pelo menos 8 anos a INB, que produz combustível para as usinas nucleares de Angra dos Reis-RJ, enfrenta uma crise financeira e de gestão e para minimizar o problema busca parceria com a iniciativa privada. O processo de cooperação pode ser feito desde que a INB passou a ser controlada pela ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), uma estatal que não depende da União.

Outra medida tomada pela direção da INB, há cerca de dois meses, foi a implantação do PDV (Programa de Demissão Voluntária). O programa, no entanto, acabou resultando em denúncias envolvendo o próprio presidente da estatal federal. Adauto, servidor de carreira, aderiu ao PDV, mas continuou no cargo, vedado pelo regimento da INB. Na época, Adauto disse que sua inclusão no Plano de Demissão Voluntária “seguiu os trâmites administrativos previstos para os empregados da INB interessados em aderir ao programa”. A divulgação do caso foi feita pela Folha de São Paulo.

Outro caso polêmico envolvendo Adauto Seixas foi o recebimento, em fevereiro deste ano, do auxílio moradia, algo em torno de R$ 43 mil, que teria sido irregular. O executivo afirmou, na ocasião, à Folha, que “o benefício em questão só começou a ser pago aos dirigentes da empresa a partir deste ano, após ser aprovado pela empresa controladora Enbpar e pela Sest”. Negou ainda qualquer tipo de irregularidade no recebimento.

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Correio Sul Fluminense

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