Usuários do Fundamp farão protesto após corte na Saúde

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Associados se reunirão em frente ao Fundamp nesta segunda-feira (14) para reivindicar melhorias - Chico de Assis/PMBM

Insatisfação surgiu após anúncio de retirada da oferta de internação

Por Lanna Silveira

Os associados do Fundamp (Fundo de Assistência Médica Permanente dos Servidores Públicos do Município de Barra Mansa) promoverão um ato na próxima segunda-feira (14) para reivindicar a garantia de um melhor serviço médico aos usuários da autarquia. A ação acontecerá em frente a sede do Fundamp, às 11h30.

A mobilização foi motivada por uma resolução do Boletim Oficial, publicada no dia 27 de junho pelo Conselho Deliberativo do Fundamp, que determinou o fim da oferta de serviços hospitalares de internação e de alta complexidade aos usuários do Fundamp, em razão da atual situação financeira da autarquia, que inviabiliza a continuidade desse tipo de atendimento. A data exata em que o serviço será suspenso ainda não foi comunicada pela Santa Casa de Barra Mansa ou pelo conselho do Fundamp.

A medida foi reprovada pelos associados, que se reuniram em um fórum para debater o problema e decidiram buscar meios de reverter a determinação. Além do ato, o grupo também tentou se reunir com o prefeito de Barra Mansa, Luiz Furlani, sem sucesso.

Perdas constantes

A indignação dos usuários do Fundamp parte de inúmeras perdas na cobertura médica oferecida pela autarquia ao longo dos anos, como a oferta de tratamento de câncer e doenças cardiológicas. Para a associada Cida Damião, a retirada do serviço de internação foi a mais significativa até o momento para todos que dependem do fundo de assistência médica.

– O que mais segura a maioria dos usuários no Fundamp é justamente a internação, urgência e emergência. Agora, sem essa cobertura, na hora da maior necessidade de uma doença, a pessoa não tem mais a garantia de uma internação. Quando isso entrar em vigor, vai ser um transtorno pra todo mundo – declara.

Esclarecimentos

O Correio Sul Fluminense entrou em contato com o Conselho Deliberativo do Fundamp para pedir uma explicação mais detalhada da situação financeira da autarquia, além de questionar se existe a possibilidade de retomar a oferta desses serviços no futuro, e o que está sendo feito pela gestão para resolver essas questões financeiras. Também foi perguntado se existe a possibilidade de uma reunião entre o prefeito e os associados da autarquia.

O diretor executivo, Nivaldo Viana, explica que as finanças do Fundamp se agravaram ao longo dos anos, depois de as contribuições diminuírem significativamente após se tornarem facultativas, por volta de 2012. “Apesar dos atuais 2.794 usuários, 1.780 possuem mais de 60 anos de idade, sendo que o teto de contribuição é de 9.1% para todos os servidores. Ou seja, na faixa etária de maior demanda, a contribuição não aumenta, como é praticado em todos os planos de saúde atuais”, explica.

O diretor acrescenta que, por se tratar de uma autarquia, a prefeitura não pode destinar verba para auxiliar as finanças do Fundamp, que hoje acumula uma dívida de mais de R$ 5 milhões com a Santa Casa. Ele ressalta que, até o momento, a unidade de saúde atende urgências e emergências do Fundo de Assistência Médica dos Servidores.

Nivaldo finaliza dizendo que o prefeito Luiz Furlani se encontrou com o Conselho Deliberativo e com o diretor executivo para tratar do assunto.

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Correio Sul Fluminense

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