As vereadoras da Câmara de Volta Redonda, Gisele Klinger e Carla Duarte, que também fazem parte da Comissão da Mulher, foram as redes sociais para expor que não foram envolvidas durante a construção de um Projeto de Lei (PL) e também foram contrárias sobre o tema, um tanto quanto polêmico no Brasil. O PL, que foi apresentado em regime de urgência e preferência, tornaria em obrigatoriedade para que o município fixe cartazes nas unidades de saúde em locais de fácil visualização com mensagens contrárias ao aborto, que, segundo Carla, violariam a Constituição Federal.
– Recomendamos o arquivamento da proposta e sugerimos que a Casa debata políticas públicas de saúde integral da mulher. Não podemos abrir precedentes para cerceamento de acesso de informações sobre direitos já adquiridos – defendeu Carla.
Ainda, de acordo com as vereadoras, os cartazes poderiam expor e constranger mulheres em momentos de dor, além de revitimizá-las. “Defender a vida vai muito além de fixação de cartazes, nas unidades de saúde. A gente precisa garantir acesso a saúde e que nós mulheres não sejamos vítimas de estupro. Precisamos garantir acolhimento nas unidades hospitalares”, defendeu Gisele, que ainda disparou: “É um retrocesso a vida da mulher disfarçado de proteção a vida. É uma tentativa de transformar o assunto em um palanque ideológico”.